Este artigo apresenta uma ponte dinâmica entre Artes Visuais, Neurociências e Design no desenvolvimento de um projeto fronteiras como a pele do biotecnológico-artístico. A proposta de investigação artística articula corpo (humano, animal, digital) que apresenta, testa, medeia e imagina relações entre necessidades biológicas e comportamentos culturais, desafios sociais e emergência do sentido de si, interação e memória. O corpo é tratado como arquivo, superfície e interface, como desenho, em estado de devir. A pele interface entre estados emocionais e fisioló- gicos, entre superfície de demarcação sociocultural e expressão pessoal, entre mapa de experiência e máscara de aparência. A tatuagem é apresentada brevemente pela sua ligação com a permanência, com a identidade e com as novas interfaces biotecnológicas. Quando as emoções e as memórias são ligadas diretamente à transformação do corpo e visíveis ao mundo exterior, a percepção do colapsar de distância pode levar à reflexão e alteração de comportamentos coletivos.
This paper draws on a dynamic bridge between the visual arts, neurosciences and design, in the development of an artistic project (Emerging Self) in the intertwines of the biotechnological/artistic/skin artefact. The artistic research explores the idea and matter of the body (human, animal, digital) presenting, testing, articulating and imagining relationships between biological needs and cultural behaviour, society challenges and the emerging of a sense of self, interaction and memory. The body is considered an archive, surface and interface, as drawing and state of becoming. The skin is taken as interface between emotional and physiological states, between surface of sociocultural demarcation and self-expression, between a map of lived experiences and a mask. The tattoo is introduced briefly in its relation with permanence, identity and in its proximity to the biotechnological interfaces. I argue that when the emotions and memories are directly connected with body changes and visible to the other, the perception of the collapse of distances may push to a self-reflexivity and changes in the collective behaviour.