A história social das pessoas com deficiência tem sido marcada por movimentos contínuos de aceitaçãonegação. Em 2014, Richard Dawkins, renomado cientista britânico, afirmou ser imoral o nascimento de uma criança com síndrome de Down. Neste mesmo ano, no Brasil, uma mulher com Síndrome de Down tornou-se a primeira educadora no país. Entre estas duas realidades, impõe-se um vasto campo de possibilidades, ou melhor, de barreiras à aceitação de pessoas com deficiência em nossa sociedade. A aceitação da deficiência, ainda que marcada por contradições, em verdadeiro movimento pendular entre afirmação-negação, que se expressa, também, nas pessoas estigmatizadas e em suas famílias, constitui passo decisivo para o atendimento destas pessoas, em suas diferenças e semelhanças, por políticas e programas específicos, com vistas à equidade e à ampliação de direitos sociais.