ESTIMATIVA DA IDADE DENTAL PELO MÉTODO DE NICODEMO EM UMA POPULAÇÃO DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Revista Criminalística e Medicina Legal

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ISSN: 2526-2785
Editor Chefe: Pablo Alves Marinho
Início Publicação: 10/01/2017
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Multidisciplinar

ESTIMATIVA DA IDADE DENTAL PELO MÉTODO DE NICODEMO EM UMA POPULAÇÃO DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Sandra França Ribeiro Gobbo, Maria Beatriz Carrazzone Cal Alonso, Karen Koharu Motooka Kawamoto, Daniel de Bortoli Teixeira, Ricardo Henrique Alves da Silva, Livia Picchi Comar
Autor Correspondente: Livia Picchi Comar | [email protected]

Palavras-chave: DETERMINAÇÃO DA IDADE PELOS DENTES. ODONTOLOGIA LEGAL. RADIOLOGIA. RADIOGRAFIA PANORÂMICA.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os métodos de estimativa de idade, baseados nos estágios de mineralização dental, são altamente confiáveis e amplamente utilizados para avaliar a idade biológica dos indivíduos. A sua importância se dá principalmente no âmbito forense, desempenhando papel fundamental em questões éticas e legais. Mesmo com a preconização dos vários métodos, ainda permanecem controvérsias quanto à sua aplicação em populações específicas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a acurácia e aplicabilidade do método de estimativa de idade dental preconizado por Nicodemo em uma população da região sudeste do Brasil. Para isso foi analisado um total de 330 radiografias de tomadas panorâmicas das faces de indivíduos entre seis e dezesseis anos de idade, de ambos os sexos (n=30). A análise das imagens foi realizada por dois examinadores calibrados (CCI ≥ 0,70; 95% IC). Os valores das idades estimadas foram comparados com os valores da idade cronológica da amostra, e então foi contabilizada a porcentagem de acerto do método, dentro de cada grupo etário para ambos os sexos. O teste do Qui-quadrado de Pearson foi aplicado para avaliar a influência do sexo. As maiores porcentagens de acerto do método foram encontradas para os grupos de sete a onze anos (70 – 90%), seguidos dos grupos de seis a doze anos (16,7% e 26,7%, respectivamente). Já para os grupos de treze a dezesseis anos, nenhum acerto foi observado. O método apresentou porcentagens de subestimativa de 15,6 % (2,1 anos, grupo 13) até 24,3 % (4,0 anos, grupo 16), quando se observou um acréscimo do padrão de erro da técnica conforme o aumento da idade cronológica do indivíduo. Conclui-se que, na população avaliada do presente estudo, o método de Nicodemo mostrou-se eficaz para estimar idade nos indivíduos de seis a doze anos, com maior acurácia nos indivíduos de sete a onze anos de idade, sem diferença entre os sexos. Porém, foi ineficaz para estimar idade nos indivíduos de treze a dezesseis anos. Para uma adequada validação e aplicabilidade deste método para esta população específica, mais estudos devem ser realizados.