Este trabalho é uma análise complementar ao método em desenvolvimento, que propõe estimar a partição de energia na superfÃcie pelo método da razão de Bowen e a altura da camada limite convectiva na escala mensal baseando-se na evolução temporal média das variáveis temperatura e umidade especÃfica do ar. A hipótese básica é que a evolução dessas quantidades é controlada unicamente pela convergência dos fluxos superficiais de calor sensÃvel e calor latente. Essa suposição é válida para escala mensal e em regiões de latitudes médias afastadas da costa. Dessa forma, presume-se que os termos advectivos, da equação de balanço dessas quantidades na camada limite convectiva, nas situações pré-frontais e pós-frontais apresentam sinal oposto. Assim, utilizando-se para uma escala temporal mais longa que a escala tÃpica da passagem dos sistemas sinóticos, a hipótese de cancelamento dos termos pode ser testada. Inicialmente, o método é aplicado para a região de Santa Maria, onde é assumido que as condições que permitem desprezar os termos advectivos em escala mensal são válidas. Ao testar o método em diferentes escalas temporais: 5,10,15,20 e 30 dias, os menores erros de temperatura e umidade especÃfica do ar foram para 15 e 30 dias, enquanto que os fluxos de calor sensÃvel e de calor latente apresentaram menores erros relativos em 20 e 30 dias, respectivamente.