O interesse sobre as economias emergentes e sobre suas empresas aumentou na última década. Este movimento recente não significa dizer que as teorias e modelos anteriores não sejam úteis, porém, é preciso analisar, de forma mais abrangente, uma série de fatores especÃficos do contexto e da gestão deste tipo de empresa. Assim, neste artigo foram analisadas as estratégias de internacionalização utilizadas por seis empresas brasileiras comparando-as com alguns dos modelos de internacionalização. A pesquisa é de abordagem qualitativa e foram feitas entrevistas em profundidade com profissionais do nÃvel de gerência das empresas. As empresas foram divididas em três grupos de acordo com o seu tempo de internacionalização (Grupo I - mais de dez anos; Grupo II - entre cinco e dez anos; e Grupo III - menos de cinco anos). Observou-se que para as empresas dos Grupos I e III os modelos econômicos de ciclo de vida do produto (VERNON, 1966 e 1979) e do paradigma eclético (DUNNING, 1980; 1988 e 2000) ajudam a explicar as motivações para a internacionalização e o modelo de Uppsala (JOHANSON e VAHLNE, 1979, 2009) explica, pelo menos em parte, as decisões de escolha de alguns poucos paÃses. Já para as empresas do Grupo II, o modelo de ciclo de vida do produto não é motivo para a internacionalização, as escolhas tiveram mais a ver com as oportunidades do setor e as caracterÃsticas dos produtos e serviços.
The interest on emerging economies and on their companies increased in the last decade. This recent movement does not mean the previous theories and models are useless, but we have to consider in-depth specific context factors and the management of companies from these economies. Thus, this paper analyzed the internationalization strategies used by six Brazilian companies by comparing them with some models of internationalization. The research approach was qualitative and interviews were conducted with professionals from the corporate management level. The companies were divided into three groups according to their time of internationalization (Group I – more than ten years, Group II – between five and ten years, and Group III – less than five years). Groups I and III results: the motivations for companies’ internalization was explained by economic models like Product Life Cycle Model (Vernon, 1966 and 1979) and the Eclectic Paradigm Model (Dunning, 1980, 1988 and 2000) and Uppsala Model (Johanson and Vahlne, 1979; 2009) explains, at least, the choice decisions of a few countries. As for the companies in Group II, the choices had more to do with the opportunities of the sector and the characteristics of products and services than economic and behavior.