O objetivo deste artigo é analisar as estratégias de legitimação dos regimes militares que ascenderam ao poder após as guerras de libertação em dois países árabes: a Argélia e o Egito. O espaço temporal situa-se entre o início da década de 1950, com o fim da monarquia egípcia e o início do governo de Gamal Nasser, até o final da década de 1970, com a morte de Houari Boumediène. As estratégias de legitimação a serem analisadas são aquelas relativas tanto à construção de uma memória coletiva relativa ao papel dos mujahideen nestas sociedades recém-egressas do colonialismo quanto à instrumentalização de duas retóricas umbilicalmente ligadas, que serviam à representação de um futuro mais próspero e justo: o nacionalismo e o socialismo. A metodologia utilizada se baseia na análise dos principais símbolos nacionais e nos discursos dos principais líderes, apoiando-se – igualmente – na literatura especializada disponível.
The primary purpose of this article is to analyze the strategies of legitimacy of the military regimes that came to power after the wars of liberation in two Arab countries: Algeria and Egypt. The timeline is between the beginning of the 1950s, with the end of the Egyptian monarchy and the beginning of the government of Gamal Nasser, until the end of the 1970s, with the death of Houari Boumedienne. The strategies of legitimacy to be analyzed are those on both the construction of a collective memory on the role of the mujahideen in these newly egresses from the colonialism societies and the instrumentalization of two inextricably linked rhetoricals, which served for the representation of a more prosperous and fair future: nationalism and socialism. The methodology is based on the analysis of the main national symbols and speeches of top leaders, leaning - also - on the available literature.
