O contexto desta pesquisa é o universo acadêmico de produção de animação da Universidade Federal de Pelotas, que gera contínuas reflexões e a proposição de um caminho metodológico inicial para a criação de efeitos sonoros para animação ligado ao campo da paisagem sonora. É prática corriqueira empregar o som como consequência da parte visual no processo de produção audiovisual e, portanto, muitas vezes, com sua força narrativa subutilizada. A compreensão do som de modo dissociado do visual, somada a outras abordagens existentes do áudio para audiovisual (CHION, 2011; BEAUCHAMP, 2013) e a adaptação de práticas da educação sonora (SCHAFER, 2009), elucida particularidades do material sonoro e, posteriormente, enriquece a relação deste com a parte visual. O termo Paisagem Sonora e seus subtemas como, esquizofonia, Hi-Fi e Lo-Fi (SCHAFER, 1991; 2001), também antrofonia, biofonia e geofonia (KRAUSE, 2013), dentre outros, trazidos para o campo audiovisual, ampliam o entendimento e a utilização prática do material sonoro em filmes de animação, além de viabilizarem e estimularem a abordagem menos subjetiva do som como instrumento de auxílio e suporte na construção da narrativa de produtos fílmicos de animação. Ainda, encorajam a elaboração do universo sonoro atrelado à criação do roteiro, do animatic e do storyboard a partir do uso de estratégias propostas, na pré-produção da animação, com objetivo de ampliar a pré-visualização do produto final e oportuniza a identificação de pontos que eventualmente precisem ser mudados.
The context of this research is the academic universe of animation production of the Universidade Federal de Pelotas, that generates continuous reflections and the proposition of an initial methodological path for the creation of sound effects for animation, related to soundscape studies. It is common practice to employ sound as a consequence of the visual part in the audiovisual production process and therefore often with its underused narrative power. The understanding of the sound dissociated from the visual, along with other existing approaches from audio to audiovisual (CHION, 2011; BEAUCHAMP, 2013) and the adaptation of sound education practices (SCHAFER, 2009), elucidates particularities of sound material and, later, enriches the relation of this with the visual part. The term Soundscape and its sub-themes, such as schizophonia, HiFi and Lo-Fi (Schaffer, 1991; 2001), also anthropophony, biophony and geophony (KRAUSE, 2013), among others brought to the audiovisual field, and the practical use of sound material in animated films, in addition to enabling and stimulating the less subjective approach of sound as an instrument of support in the construction of the narrative of animated film products. They also encourage the elaboration of the sound universe linked to the creation of the script, animatic and storyboard from the use of proposed strategies in the pre-production of the animation, aiming to enlarge the preview of the final product and allows the identification of points that eventually need to be changed.