A exposição aos estrogênios libertos no meio ambiente pode acarretar efeitos adversos à saúde humana como a diminuição na quantidade de esperma, o aumento de câncer de mama em mulheres e o aumento de certas anormalidades no sistema reprodutivo, além de mudanças no metabolismo de peixes, como feminização e reversão sexual, diminuição da espermatogênese e alteração no comportamento reprodutivo. O presente trabalho propõe-se uma revisão integrativa sobre os micropoluentes presentes na água, com ênfase nos estrogênios, e as medidas que possam auxiliar no tratamento da água para sua remoção. Foram selecionados periódicos por meio de busca no banco de dados Scielo, Lilacs, Pubmed, Bireme e Medline. Selecionado os periódicos publicados entre os anos de 1998 a 2017, e com idiomas em Português e Inglês. De acordo com embasamento teórico do presente estudo, as tecnologias utilizadas na remoção dos estrogênios têm sido bastante investigadas, mas algumas são de alto custo, outras podem gerar novos compostos residuais, que às vezes podem ser mais tóxicos que os de origem ou ainda não removem completamente essas substâncias. Para a remoção dos micropoluentes são necessários mais investimentos na identificação e monitoramento dessas substâncias e implementações de sistemas de tratamento eficientes. Além da necessidade de métodos confiáveis para comprovar o potencial de desregulação endócrina de vários compostos, é de extrema importância medidas legislativas impositivas que impeçam a sua libertação no meio ambiente.
Exposure to estrogens released into the environment can lead to adverse effects on human health such as decreased sperm count, increased breast cancer in women, and increased abnormalities in the reproductive system, as well as changes in fish metabolism such as feminization and sexual reversion, decreased spermatogenesis and altered reproductive behavior. The present work proposes an integrative review on micropollutants present in water, with emphasis on estrogens, and measures that may aid in the treatment of water for its removal. Periodicals were selected by searching the Scielo, Lilacs, Pubmed, Bireme and Medline databases. Selected journals published between the years 1998 to 2017, and with languages in Portuguese and English. According to the theoretical basis of the present study, the technologies used in the removal of estrogens have been well investigated, but some are expensive, others may generate new residual compounds, which can sometimes be more toxic than the original ones or do not remove substances. For the removal of the micropollutants, more investments are needed in the identification and monitoring of these substances and in the implementation of efficient treatment systems. In addition to the need for reliable methods to prove the potential for endocrine disruption of various compounds, it is extremely important that legislative measures impose an impediment to their release into the environment.