Os manguezais do entorno da baía da Babitonga representam os maiores remanescentes desse tipo de vegetação no estado de Santa Catarina, mas encontram-se seriamente ameaçados pela expansão urbana. Um trecho de manguezal nessa região teve sua estrutura analisada em uma área amostral de 1.300m2 de manguezal onde foram incluídos na amostragem todos os indivíduos arbóreos com CAP?10cm (ou DAP?3,8cm). Laguncularia racemosa foi a espécie com maior valor de importância na comunidade (VI= 60,3%), seguido de Rizophora mangle (VI= 20,13%) e Avicennia schaueriana (VI= 16,58%). Testes de comparação de médias revelaram que não houve diferenças significativas quanto ao DAP entre essas populações, porém, houve diferença quanto à altura. O mangue apresentou uma densidade estimada em 5.916 ind.vivos.ha-1, 2,44m2 de área basal, uma altura média de 3,62m e DAP médio de 4,27cm. De forma geral, a composição florística e a estrutura do manguezal avaliado tiveram muita relação com outros manguezais da região sul da baía da Babitonga, e permitiram inferir que o manguezal encontra-se em estágio médio de sucessão. A mudança do solo de um substrato mais arenoso para mais argiloso foi o fator que acarretou na variação da densidade das espécies.