As matas ribeirinhas no rio Camaquã constituem os maiores remanescentes deste tipo florestal no estado do Rio Grande do Sul, sendo estruturalmente pouco conhecidas. Em um fragmento desta floresta no rio Camaquã, municÃpio de Cristal, realizou-se um estudo do componente arbóreo, com o objetivo de determinar a estrutura e relacioná-la a de outras florestas na região. O levantamento fitossociológico foi realizado em uma parcela de 1 ha, onde foram amostradas todas as árvores com DAP ≥ 5 cm. Estimaram-se os descritores fitossociológicos empregados usualmente, além das estimativas de diversidade (H’) e equabilidade (J’). Foram amostrados 2.179 indivÃduos, pertencentes a 29 espécies e 14 famÃlias. Os maiores valores de importância foram registrados para Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs, Allophylus edulis (St.-Hil. et al.) Radlk. e Eugenia schuechiana O. Berg, e o Ãndice de diversidade foi estimado em 2,342 nats.ind-1 (J’ = 0,695). A mata no rio Camaquã enquadra-se dentro de um mesmo contexto de baixa riqueza das demais matas ribeirinhas no Rio Grande do Sul e Uruguai.