ESTRUTURA FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DE REMANESCENTES DA MATA CILIAR DO LAJEADO SÃO JOSÉ - CHAPECÓ (SC)

Unopar Científica Ciências Biológicas e da Saúde

Endereço:
Rua Marselha, 591 Jardim Piza
Londrina / PR
86041-140
Site: http://revista.unopar.br/biologicaesaude/
Telefone: (43) 3371-7931
ISSN: 15172570
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Biologia geral

ESTRUTURA FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DE REMANESCENTES DA MATA CILIAR DO LAJEADO SÃO JOSÉ - CHAPECÓ (SC)

Ano: 2004 | Volume: 6 | Número: 1

Palavras-chave: mata ciliar, fitossociologia, florística.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A microbacia hidrográfica do Lajeado São José situa-se no Oeste Catarinense, onde se localizam grandes áreas agrícolas, parte da zona urbana, complexo industrial e a estação de captação de água e tratamento de água de Chapecó. O trabalho teve por objetivo avaliar a fitofisionomia de dois remanescentes de mata ciliar, uma a montante (área I) e outro a jusante (área II) do reservatório de captação d'água. Foi adotado o método de parcela única (50x30m) para cada área e medidas todas as árvores com DAP ³ 2,5 cm. Dentre os 1140 indivíduos mensurados, foram identificadas 40 espécies, distribuídas em 36 gêneros e 20 famílias. As famílias com maior número de indivíduos foram Myrtaceae (9) e Lauraceae (5). A família Fabaceae apresentou menor variabilidade de espécies, porém foi representado por um maior número de indivíduos (287). Nas duas áreas amostradas, observouse a presença de espécies exóticas, como o eucalipto (Eucalyptus citriodora) e Pinus (Pinus elliottii), e do timbó (Ateleia glazioveana), espécie de ocorrência comum em áreas degradadas. A vegetação nativa na área I foi, em grande parte, substituída por espécies exóticas, sendo comprovado pelos valores de DoR (50,47%), IVC (54,47%) e IVI (55,0%), do eucalipto. Para a área II, os maiores valores de IVC (37,78%) e IVI (37,81%) foram obtidos pelo guamirim-miúdo (Colyptrantes concinna), já a maior DoR (16,67%) foi atingida pelo timbó. A ação antrópica nas áreas estudadas é acentuada, porém a presença de espécies frutíferas é um aspecto positivo, pois os seus frutos, alimento para a avifauna, têm sua dispersão facilitada, auxiliando no processo de auto-regeneração da floresta.