Visando apresentar uma contribuição para um tema, todavia incipiente na
literatura acadêmica nacional, este trabalho objetivou construir uma estrutura de red
flags para detecção do risco de fraude nas demonstrações contábeis. Para isso, foram
analisadas as seguintes fontes de dados: periódicos acadêmicos, dissertações de
mestrado, teses de doutorado, livros e pronunciamento de órgãos reguladores. Com
base nessa análise, 6 trabalhos foram selecionados: American Institute of Certified
Public Accountants (2002), Conselho Federal de Contabilidade (1999), Albrecht e
Romney (1986), Eining, Jones e Loebbecke, (1997), Bell e Carcacello (2000) e Wells
(2005). Juntos, esses trabalhos apresentavam um total de 266 red flags. Assim, optouse
por selecionar apenas os red flags que houvessem sido citados em ao menos 2
dos 6 trabalhos relacionados. Finalmente, os 45 red flags selecionados foram
classificados em 6 clusters: estrutura e ambiente, setor/indústria, gestores, situação
econômico-financeira, relatórios contábeis e auditoria. De uma maneira geral, a
elaboração desta estrutura permitiu identificar os fatores de risco existentes em
ambientes fraudulentos.