A estrutura repressiva da autocracia burguesa bonapartista no Brasil: a Operação Radar (1973-1976)

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ISSN: 25258036
Editor Chefe: Lucas Antônio Nogueira Rodrigues
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A estrutura repressiva da autocracia burguesa bonapartista no Brasil: a Operação Radar (1973-1976)

Ano: 2024 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: Lucas Pereira da Paz Bezerra
Autor Correspondente: Lucas Pereira da Paz Bezerra | [email protected]

Palavras-chave: Autocracia, Bonapartismo, Comunismo, Violência institucional, PCB

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A formação histórica brasileira se caracteriza por uma forma de dominação de classe e seu viés excludente e violento. No seu desenvolvimento surgem variações de domínio que possui como representante, em tempos de caos, o bonapartismo, uma forma que pressupõe a autonomia do Estado e a retirada do poder político da burguesia. Neste estudo, tendo como eixo temático o regime que se instaurou após o golpe de 1964, buscamos compreender as estruturas repressivas desse período e sua ligação direta com a caça ao Partido Comunista Brasileiro, materializada na Operação Radar (1973-1976), visando trazer para o debate se ela é uma expressão do bonapartismo, algo que até então se mostra escasso nas pesquisas sobre o tema. As fontes analisadas foram produzidas pelo Centro de Informações do Exército (CIE), que foi de um órgão ligado diretamente ao exército na sistematização de informações e elaboração de documentos. Na ocasião, o CIE estava ligado à II seção do Exército, contando com apoio do Destacamento de Operação Interna (DOI), então localizado no Arquivo do Estado de São Paulo. A pesquisa tem como base metodológica a análise de fontes da repressão e para auxílio no tratamento dessas terá como referência os trabalhos dos historiadores Caroline Silveira Bauer e Mariana Joffily. O trabalho seguinte se insere dentro da linha de pesquisa da História Social.



Resumo Inglês:

The Brazilian historical formation is characterized by a form of class domination and its exclusionary and violent bias. In its development, there are variations of dominion that has as its representative, in times of chaos, Bonapartism, a form that presupposes autonomy from the State and the withdrawal of political power from the bourgeoisie. In this study, having as the thematic axis the regime that was established after the 1964 coup, we will seek to understand the repressive structures of that period and their direct connection with the hunt for the Brazilian Communist Party, materialized in Operation Radar (1973-1976), aiming to bring to light the debate whether it is an expression of Bonapartism, something that until then has been scarce in research on the subject. The sources that will be analyzed were produced by the CIE (Center for Army Information) which was a body directly linked to the army in the systematization of information and preparation of documents, at the time, it was linked to the II section of the Army with support from the DOI (Internal Operation Detachment) are located in the Archive of the State of São Paulo; The methodological basis of the research is the analysis of sources of repression and, to help in dealing with them, the work of historians Caroline Silveira Bauer and Mariana Joffily is used as a reference. The following work is part of the Social History line of research.



Resumo Espanhol:

La formación histórica de Brasil se caracteriza por una forma de dominación de clase y su sesgo excluyente y violento. En su desarrollo han surgido variantes de dominación, cuyo representante, en tiempos de caos, es el bonapartismo, forma que presupone la autonomía del Estado y la retirada del poder político a la burguesía. En este estudio, basado en el régimen instaurado tras el golpe de 1964, buscamos comprender las estructuras represivas de aquel período y su relación directa con la caza del Partido Comunista Brasileño, materializada en la Operación Radar (1973-1976), con el objetivo de aportar al debate si se trata de una expresión del bonapartismo, algo hasta ahora escaso en las investigaciones sobre el tema. Las fuentes analizadas fueron producidas por el CIE (Centro de Información del Ejército), organismo directamente vinculado al Ejército en la sistematización de la información y en la producción de documentos, en aquella época vinculado a la Sección Segunda del Ejército con el apoyo del DOI (Destacamento de Operaciones Internas). La investigación se basa metodológicamente en el análisis de las fuentes de la represión y tendrá como referencia el trabajo de las historiadoras Caroline Silveira Bauer y Mariana Joffily. El siguiente trabajo forma parte de la línea de investigación de Historia Social.