Massas adrenais são condições mórbidas raras, caracterizadas por alteração morfológica com aumento de tamanho da glândula. Este trabalho descreve a casuÃstica de pacientes adultos portadores de massa adrenal admitidos no HU/UFSC (1995 – 2005), sendo revisados os aspectos clÃnicos e diagnósticos mais importantes. Através de um estudo observacional, descritivo e transversal, foram coletados dados clÃnico-epidemiológicos de prontuários médicos, laudos radiológicos e anatomopatológicos. Foi feita análise histológica dos tecidos adrenais conservados em parafina, incluindo pesquisa imunoistoquÃmica dos antÃgenos P53, Ki67 e cromogranina A. A casuÃstica totalizou 20 pacientes (idade média = 41 anos), 60% mulheres. A manifestação clÃnica mais comum foi hipertensão arterial sistêmica e o diagnóstico sindrômico mais prevalente foi excesso de catecolaminas, sendo que 20% das massas eram incidentalomas. Neoplasias representaram 90% das massas. O diagnóstico anatomopatológico mais prevalente foi feocromocitoma. Houve correlação significativa entre os diâmetros das massas obtidos radiologicamente e ao exame macroscópico da peça. À análise imunoistoquÃmica, todos os casos de feocromocitoma foram positivos para cromogranina. Houve correlação estatisticamente significativa entre expressão de P53 e hiperproliferação celular (Ki67) com parâmetros histológicos indicativos de malignidade. O presente trabalho demonstrou uma prevalência de massas adrenais nos pacientes adultos hospitalizados de 2,9/10000, sendo na sua maioria neoplasias. No âmbito de um hospital universitário, o conhecimento do perfil dos casos atendidos é fundamental para o estabelecimento de condutas especÃficas, incluindo o estudo radiológico e a continuidade na pesquisa em imunoistoquÃmico, para a avaliação clÃnico-diagnóstica dos diferentes tipos de massas adrenais.