A hipótese inacusativa, desde a sua formulação em Perlmutter(1978), tem recebido grande atenção por parte de vários linguistas e tomado diferentes direcionamentos teóricos. Essa hipótese nasceu na tentativa de se explicar um intrigante comportamento sintático de predicados intrasitivos, observado em muitas lÃnguas do mundo, o que diz respeito ao fato de alguns desses predicados nunca poderem ser passivi-zados, ao lado de outros que permitem tal pro-cesso. Para solver o problema, a hipótese inacusativa considerou a exitencia de duas classes de verbos intransitivos: uma chamada de verbos “inacusativos†e outra de verbos “iner-gativosâ€. A distinção básica entre essas duas classes é observada na configuração sintática subjacente dos tipos verbais: os verbos “inerga-tivosâ€, que não permitem a transformação para a passiva, apresentam apenas o argumento “sujeito†(ele dormiu/*ele foi dormido), enquanto que os “inacusativosâ€, que permitem a passivização,(o carro quebrou/ o carro foi quebrado) apresentam apenas o argumento de “objeto†na estrutura da cláusula.