O caráter endêmico dos óbitos por afogamento registrados em Pernambuco/Brasil exige planejamento estratégico especÃfico. Analisando registros do Ministério da Saúde, verifica-se que a média de óbitos por afogamentos, entre
os anos de 1992 a 2012, é de 287 ocorrências distribuÃdas em 112 municÃpios, bem como a média da taxa de mortalidade é de 3,7 óbitos/100.000 habitantes. O caráter endêmico do Afogamento em Pernambuco/Brasil é qualificado através da forma sistêmica com que acometem a população local, sem perspectiva temporal para sanar o problema, com incidência constante, apresentando variações cÃclicas e sazonais. A comparação com a mortalidade
por dengue, tuberculose, acidentes de trânsito, incidentes envolvendo tubarões e Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), demonstra que Afogamento representa problema de segurança e saúde pública. No ano de 2012 ocorreram 200 óbitos distribuÃdos em 97 dos 187 municÃpios pernambucanos, dos quais 18 em Recife, 13 em Petrolina, 4 em Olinda e 4 Santa Maria da Boa Vista. No ano de 2004, houve a maior incidência: 397 ocorrências distribuÃdas em 128 municÃpios, das quais 28 em Recife, 18 em Ipojuca e 13 em Olinda. Entre 1992 e 2012, numericamente, a fatalidade por afogamento (6.019) se aproxima à tuberculose (8.049), é superior à s mortes por dengue (32) e à s mortes por ataque de tubarões (22). Já entre 2008 a 2012, Afogamento (1.364) se mostrou inferior à s ocorrências de CVLI (18.900). A instituição de polÃticas públicas integradas para levar conhecimentos e aparelhos de prevenção à s comunidades vulneráveis apresenta-se como alternativa viável para diminuir
mortes por Afogamento em Pernambuco.
Palavras-chave: Afogamento. Endemia. Prevenção. PolÃtica pública. Pernambuco.