Estudo energético do esterco bovino: seu valor de substituição e impacto da biodigestão anaeróbia

Revista Agrogeoambiental

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ISSN: 23161817
Editor Chefe: Saul Jorge Pinto de Carvalho
Início Publicação: 31/03/2009
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Multidisciplinar

Estudo energético do esterco bovino: seu valor de substituição e impacto da biodigestão anaeróbia

Ano: 2012 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: Izabel Aparecida dos Santos, Luiz Augusto Horta Nogueira
Autor Correspondente: Izabel Aparecida dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: Biofertilizante, Bovinocultura, Energia, Macronutrientes.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A bovinocultura brasileira tem se desenvolvido de forma notável nas últimas décadas. O rebanho nacional de 205 milhões de cabeças atende à produção de carne e leite para o mercado interno e exportações, gerando em 2010 cerca de R$ 67 bilhões. Um subproduto importante da criação de gado bovino é o esterco, cuja utilização como fertilizante em diversas culturas, permite reciclar nutrientes e manter a produtividade do solo em níveis adequados. No presente trabalho, se avalia a produção de esterco bovino, desde o ponto de vista energético, considerando seu valor fertilizante (em termos de macronutrientes disponíveis) e a substituição de adubo químico com igual valor fertilizante. Também se avalia o potencial de produção de biogás a partir de esterco, assumindo dados de operação de biodigestores rurais. Considerando o rebanho brasileiro em 2009, foi estimado um potencial de geração de biogás através do esterco bovino em 62,9 bilhões de m/ano, com valor energético estimado em 7,9.10 GJ/ano, a possível geração de 117,08 TWh/ano de energia elétrica e a
disponibilidade anual de 17,97.106 toneladas de macronutrientes (N, P, K). Ao considerar a substituição do fertilizante 8 químico pelo biofertilizante, obteve-se uma economia de energia fóssil na ordem de 6,1.10 GJ/ano. Em relação às emissões de gases de efeito estufa evitadas, o manejo adequado do esterco bovino proporciona, aproximadamente, a mitigação de 564.122 Gg de CO eq./ano, o que corresponde a cerca de 73% das emissões totais brasileiras de CH e N O no ano de 2005. (Nota do editor: resumo com fórmulas matemáticas completas no PDF)



Resumo Inglês:

The Brazilian cattle industry has developed dramatically in recent decades. The national herd of 205 million head meets the production of meat and milk for the domestic market and exports, in 2010 generated about R$ 67 billion. An important byproduct of raising cattle is the manure for use as fertilizer in different cultures, allows recycle nutrients and maintain soil productivity at adequate levels. In this study, to evaluate the production of manure from the energy point of view, considering its fertilizer value (in terms of nutrients available) and the replacement of chemical fertilizer with the same fertilizer value. It also evaluates the potential of biogas production from manure, assuming the operating data of rural digesters. Considering the amount of the Brazilian herd of cattle in 2009, was an estimated the potential for biogas 3 8 generation through cattle manure in 62.9 billion m /year, with energy value estimated at 7.9.10 GJ/year, the possible 8 generation of 117.0 TWh/year of electricity and the yearly availability of 17.97.106 tons of macronutrients (N, P, K). When 8 considering the replacement of chemical fertilizers by biofertilizers, we obtained a saving of fossil energy in order 6.1*10 GJ/year. In relation to emissions of greenhouse gases avoided, the proper management of manure provides approximately 564.122 Gg of mitigating CO eq./year, which corresponds to about 73% of Brazil's total emissions of CH and N O in 2005.