Estudo epidemiológico do câncer de pênis no Estado do Pará, Brasil

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Estudo epidemiológico do câncer de pênis no Estado do Pará, Brasil

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Aluízio Gonçalves da Fonseca, José Augusto Silva de Araújo Pinto, Márcio Carmona Marques, Fábio Santos Drosdoski, Luis Otávio Ribeiro da Fonseca Neto
Autor Correspondente: Aluízio Gonçalves da Fonseca | [email protected]

Palavras-chave: neoplasias penianas, levantamentos epidemiológicos, estudos transversais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVOS: Analisar a epidemiologia do câncer de pênis no Estado do Pará e contribuir com o estudo nacional da Sociedade Brasileira de Urologia, visando a instituição de medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 208 pacientes portadores de carcinoma epidermoide do pênis, no período entre junho de 1996 e junho de 2006, segundo a idade, origem, classe social, tempo entre o aparecimento da lesão primária e a procura de atendimento, localização, estadiamento e grau patológico da lesão. Procurou-se também determinar sua incidência total, prevalência nas diversas mesorregiões do Estado, assim como o coeficiente de prevalência da doença, na instituição onde o estudo foi realizado. RESULTADOS: A maior prevalência foi encontrada na faixa etária entre 41 e 70 anos de idade. As mesorregiões Metropolitana e Nordeste do Pará foram a origem da maioria dos pacientes. Quase todos provinham de classes socioeconômicas baixas, e eram, principalmente, agricultores. O intervalo médio entre o aparecimento da lesão e a procura de atendimento médico foi de 11 meses. A grande maioria das lesões estava localizadas na cavidade prepucial e eram invasivas. A incidência bruta da doença no Estado é de 5,7/100.000 habitantes/ano. Esses tumores representam 15,7% dos tumores urogenitais no sexo masculino e são o segundo mais frequente no Departamento de Urologia. Não se observou nenhum caso da doença na população indígena do Estado. CONCLUSÃO: O câncer de pênis apresenta incidência e prevalência alarmantes no Estado do Pará. Medidas preventivas devem ser implementadas para reduzir a ocorrência da doença nos próximos anos.



Resumo Espanhol:

OBJETIVOS: Analizar la epidemiología del cáncer de pene en el Estado de Pará y contribuir al estudio nacional de la Sociedade Brasileira de Urologia, con el objetivo de instituir medidas de prevención, diagnóstico y tratamiento. MATERIALES Y MÉTODOS: Fueron evaluados, retrospectivamente, 208 pacientes portadores de carcinoma epidermoide de pene, entre junio de 1996 y junio de 2006, según la edad, origen, clase social, tiempo entre el aparecimiento de la lesión primaria y la búsqueda de atención, localización, estadiamiento y grado patológico de la lesión. Se buscó también, determinar su incidencia total, prevalencia en las diversas mesorregiones del Estado, bien como el coeficiente de prevalencia de la enfermedad, en la institución en donde fue realizado el estudio. RESULTADOS: La mayor prevalencia se halló en la franja etaria entre 41 y 70 anos de edad. Las mesorregiones Metropolitana y Nordeste de Pará fueron el origen de la mayoría de los pacientes. Casi todos provenían de clases socioeconómicas bajas, y eran, principalmente, agricultores. El intervalo medio entre el aparecimiento de la lesión y la búsqueda de atención médica fue de 11 meses. La gran mayoría de las lesiones estaba localizada en la cavidad prepucial y eran invasivas. La incidencia bruta de la enfermedad en el Estado es de 5,7/100.000 habitantes/ano. Esos tumores representan un 15,7% de los tumores urogenitales en el sexo masculino y son el segundo más frecuente en el Departamento de Urología. No se observó ningún caso de la enfermedad en la población indígena del Estado. CONCLUSIÓN: El cáncer de pene presenta incidencia y prevalencia alarmantes en el Estado de Pará. Medidas preventivas deben ser implementadas para reducir la ocurrencia de la enfermedad en los próximos anos.