A administração de oxigênio (O2) suplementar é uma terapia comumente necessária a pacientes que estejam com quadro de hipoxemia. No entanto, atualmente vários estudos mostram evidências de que a administração indiscriminada de O2 pode levar a uma hiperóxia e consequentemente elevar a mortalidade. O objetivo principal do estudo foi identificar qual a oferta de O2 administrada em ambiente hospitalar e sua relação com a saturação periférica de oxigênio (SpO2) correspondente em pacientes submetidos a oxigenoterapia e identificar se essa saturação é adequada e segura dentre os valores aceitos atualmente (92-96%). Tratase de um estudo de campo transversal, com abordagem observacional, quantitativa descritiva, onde realizamos a coleta de dados três vezes por semana durante o período de dois meses. Foram incluídos 40 participantes de ambos os sexos, sem distinção de idades que estavam internados em ambiente hospitalar com suplementação de O2. Estabelecemos três faixas de saturação: ≤91; 92-96% e ≥97, sendo a faixa de 92-96%, considerada como saturação alvo para este estudo. Verificamos que 52,5% dos participantes, não se enquadraram no valor alvo de SpO2 estabelecida como adequada e segura. Sendo assim, concluímos que a oferta de O2 baseada na saturação, tem sido administrada em valores que não se enquadram como adequados e seguros em estudos atuais. Sugerimos novos estudos que evidenciem os benefícios de uma otimização do uso da oxigenoterapia, para que haja uma melhor propagação da conscientização do uso do O2 de forma apropriada.
Supplemental oxygen (O2) administration is a therapy commonly required for patients with hypoxemia. However, currently several studies show evidence that indiscriminate administration of O2 can lead to hyperoxia and consequently increase mortality. The main objective of the study was to identify the supply of O2 administered in a hospital setting and its relationship to the corresponding peripheral oxygen saturation (SpO2) in patients undergoing oxygen therapy and to identify whether this saturation is adequate and safe within the currently accepted values (92-96%). This is a cross-sectional, observational and quantitative descriptive field study, where we collect data three times a week over a two-month period. Forty participants of both sexes were included, regardless of age, who were hospitalized with O2 supplementation. We established three saturation ranges, being ≤91; 92-96% and ≥97, being the range of 92-96%, considered as target for this study. We found that 52.5% of the participants did not fit the SpO2 target value established as adequate and safe. Therefore, we conclude that O2 supply based on saturation has been managed in amounts that do not fit as adequate and safe in current studies. We suggest further studies that highlight the benefits of optimizing the use of oxygen therapy, so that there is better dissemination of O2 awareness appropriately.