Sob perspectiva pós-keynesiana de uma economia monetária aberta, pretende- se investigar trajetórias das taxas de câmbio no Brasil, Rússia, Índia, China e na África do Sul em relação ao dólar no período após o pico da crise financeira internacional recente, cujo impacto esteve sobre diversas economias no mundo. Buscar-se-á, portanto, delinear as diferenças cíclicas e tendências de longo prazo no comportamento cambial verificados pelos países que compõem o BRICS ao longo dos últimos anos. A pesquisa está associada à importância que estas economias têm revelado no comércio mundial e na atração de fluxos de investimentos, e à posição relativa que as mesmas ocupam no conjunto das chamadas economias emergentes. O resultado da análise, à luz da utilização do filtro Hodrick-Prescott, evidencia trajetórias distintas de longo prazo para as economias do grupo, além de realçar comportamento reacionário de curto prazo que se diferenciam pelo regime cambial que cada um dos BRICS adota.