Apesar da complexidade e dos riscos implicados na empreitada de tratar diacronicamente os estudos sobre línguas e linguagem, assume-se na contemporaneidade que cada vez mais é preciso retomar criticamente os estudiosos clássicos da linguagem, como vem asseverando Koerner (1996) e Auroux (2009). Com essa perspectiva, à luz de princípios teóricos e metodológicos oriundos da Historiografia-Linguística trabalhados por Coelho e Hackerott (2012), pretende-se aqui trazer à tona, alguns elementos da produção de conhecimentos sobre línguas e linguagem do período que vai da Grécia Antiga, passa pelas Idades Média e Moderna, e chega ao Século das Luzes, período este no qual foi produzida uma vasta tradição de estudos, tradição com a qual travaram intenso diálogo os grandes pensadores da linguagem dos séculos XIX e XX.