A Etiologia da materialiade na teoria discursiva de Michel Foucault

Aurora (UNESP. Marília)

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ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A Etiologia da materialiade na teoria discursiva de Michel Foucault

Ano: 2020 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: Estêvão Carvalho Freixo
Autor Correspondente: Estêvão Carvalho Freixo | [email protected]

Palavras-chave: análise do discurso. história. Michel Foucault. materialidade discursiva.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O campo da análise do discurso, em especial o segmento que se desenvolveu na França a partir do trabalho fundacional de Michel Foucault, tem se havido, desde os resultados alcançados pelo autor, com a importante questão das implicações da materialidade no discurso. Neste trabalho, recuperamos certas posições no domínio da ciência e da filosofia a partir das quais se desdobraram alguns giros teóricos responsáveis por importantes modificações a esse respeito. Nossa análise indica que o conceito de matéria veio se oferecer, a partir do século XVIII, como novo centro de referência num contexto em que se fazia necessário empreender uma longa e dura batalha contra o primado da consciência, recusando-se, desde então, a substância pensante enquanto ponto de partida da análise científica. O que nos parece digno de nota, todavia, é que traços importantes da razão metafísica tenham sido de algum modo conservados – em graus e em formas distintas – nos casos que aqui consideramos.



Resumo Francês:

Le domaine de l’analyse du discours, en particulier le segment qui s’est développé en France à partir des travaux fondateurs de Michel Foucault, est lié, depuis les résultats obtenus par l’auteur, avec la question importante des implications de la matérialité dans le discours. Dans cet article, nous retrouvons certaines positions dans le domaine de la science et de la philosophie à partir desquelles certains tournants théoriques ont été rendus responsables d’importantes modifications à cet égard. Notre analyse indique qu’à partir du XVIIIe siècle, le concept de matière a été proposé comme nouveau centre de référence dans un contexte où il a fallu mener une longue et dure bataille contre la primauté de la conscience, refusant depuis lors la substance pensante comme point de départ de l’analyse scientifique. Ce qui nous paraît cependant remarquable, c’est que d’importantes traces de raison métaphysique ont en quelque sorte été conservées – à des degrés divers et sous différentes formes – dans les cas que nous considérons ici.