Etnicidade e urbanidade: a Aldeia Beija-flor

Revista Novos Cadernos Naea

Endereço:
RUA AUGUSTO CORREA N 1 - GUAMÁ
Belém / PA
Site: http://www.periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/index
Telefone: (91) 3201-7237
ISSN: 15166481
Editor Chefe: Edna Maria Ramos de Castro
Início Publicação: 31/05/1998
Periodicidade: Semestral

Etnicidade e urbanidade: a Aldeia Beija-flor

Ano: 2011 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: Emmanuel de Almeida Farias Júnior, Alfredo Wagner Berno de Almeida
Autor Correspondente: Emmanuel de Almeida Farias Júnior | [email protected]

Palavras-chave: Etnicidade, Terra indígena na cidade, Território

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na década de 1980, na cidade de Rio Preto da
Eva-AM, um comerciante norte-americano
chamado Richard Melnik estabeleceu o que
ele chamou de uma “comunidade indígena”
especializada na confecção de “artesanato”,
cujas peças eram vendidas em sua loja na
cidade de Manaus. Entre as décadas de 1980
e 1990 foram morar na área correspondente a
esta comunidade diversas famílias de diferentes
etnias. Inicialmente, à “comunidade” vieram
indígenas Yanomami, Tukano e Hiskariana,
que construíram suas respectivas malocas. Em
seguida, indígenas Sateré Mawé e Dessano
se estabeleceram aí, constituindo assim a, a
chamada “Comunidade Indígena Beija-fl or”.
A partir de 1997, os indígenas passaram a ser
coagidos a abandonar a área por um suposto
procurador do comerciante Richard, que
reivindicava a área para à construção de um
loteamento residencial. Após vários confl itos,
os indígenas, mobilizados politicamente,
conquistaram a terra por meio da Lei Municipal
302, que prevê a desapropriação da área em
benefi cio das famílias indígenas que compõem a
comunidade. O presente artigo focaliza a relação
entre estes confl itos e o processo de constituição
da comunidade indígena.



Resumo Inglês:

In the 1980s, in Rio Preto da Eva city-Amazonas
state, an American businessman named Richard
Melnik established what he called an “indigenous
community” specialized in the making of
“indigenous crafts” which were sold in his
shop in Manaus city. Between the decades of
1980 and 1990, in this area, many families from
different ethnic groups went to live in the area
corresponding to this community. Initially, to
the “community” came Yanomami, Tukano,
Hiskariana indigenous, who built their respective
huts. Then Sateré Mawé and Dessana indigenous
established in thes same area, thus constituing
the “Beija-fl or indigenous community”. From
1997 on, the Indians began to be coerced to leave
the area by an alleged Mr. Richard´s attorney,
who claimed the area for the construction of
a residential zone. After several confl icts, the
politically mobilized indigenous, conquered
the land by means of the Municipal Law 302,
which provides the expropriation of the are
for the benefi t of the indigenous families that
compose the community. This article focuses the
relation between this confl ict and the process
of constitution of the indigenous community.