Este artigo tem por objetivo entender o processo de construção da informação na contemporaneidade envolvendo os grupos sócio-acêntricos, ou seja, aqueles segmentos com pouca representação social e polÃtica. Ao analisar esse fenômeno é possÃvel verificar que o politicamente correto se insere nesse processo no momento em que a comunicação midiática precisa encontrar terminologias apropriadas e não estereótipadas para nomear esses segmentos. Os fatores que levam à essa preocupação são multifatoriais, envolvendo desde a pressão dos movimentos sociais segmentados, que criticam as produções desses veÃculos, até a mudança da condição de coisificados para cidadãos dos grupos sócio-acêntricos. Paradoxalmente, o termo politicamente correto sofre embates e é tido, em muitos momentos históricos, como censura aos meios. Para lidar com tais contradições este artigo navega na Etnomidialogia, que é um conceito ainda novo nos estudos da Comunicação, em sua interseção com a diversidade étnico-cultural, de gênero, de orientação sexual e outras, permitindo entender a comunicação midiática no seu sentido multi e transmidiático e como um sistema integrado, interdisciplinar e especializado. Procura também entender o politicamente correto nesse processo e a sua contemporaneização.