O trabalho de campo tem implicações que extrapolam, em varias ordens, os objetivos da pesquisa. Na vivência antropólogica, o pesquisador observa e experiencia questões intelectuais muito variadas, e nao somente de sua parte. Neste artigo, descrevo e analiso, particularmente, as questões que os Baniwa – povo que vive as margens do rio Içana e seus afluentes no Noroeste Amazônico – fizeram com intuito de entender a mim, durante meu trabalho de campo. A tentativa e a de deixar vir a tona uma antropologia baniwa, avaliando se podemos entende-la como reversa, no sentido atribuido por Roy Wagner. O resultado destas reflexões aponta para a compreensão baniwa da alteridade dos brancos, assinalando quem somos nos, os Ialanawinai