Evidência de circulação de hantavírus em área silenciosa da Região Amazônica

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

Endereço:
Rodovia BR-316 km 7 - s/n - Levilândia
Ananindeua / PA
67030-000
Site: http://revista.iec.gov.br
Telefone: (91) 3214-2185
ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Evidência de circulação de hantavírus em área silenciosa da Região Amazônica

Ano: 2015 | Volume: 6 | Número: 4
Autores: Marília Lavocat Nunes, Stefan Vilges de Oliveira, Mauro da Rosa Elkhoury, Lidsy Ximenes Fonseca, Simone Valeria Costa Pereira, Eduardo Pacheco de Caldas, José Conceição do Nascimento Guimarães, Elizabeth Salbé Travassos da Rosa, Cibele Rodrigues Bonvicino, Paulo Sérgio D'Andrea
Autor Correspondente: Marília Lavocat Nunes | [email protected]

Palavras-chave: Zoonoses, Infecções por Hantavírus, Vigilância Epidemiológica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Relatar a investigação ecoepidemiológica para detecção da circulação de hantavírus em área silenciosa da Região Amazônica. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada investigação ecoepidemiológica para detecção da circulação de hantavírus no Município de Capixaba, Estado do Acre, Brasil, considerado como área silenciosa para doença. Foram instaladas 490 armadilhas por dia, em três dias consecutivos, totalizando um esforço de captura de 1.470 armadilhas-noite, no período de lua nova. Os animais capturados foram submetidos à eutanásia para coleta das amostras de sangue e órgãos e preservação da carcaça. As amostras coletadas foram analisadas pelo Instituto Evandro Chagas da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, pelo ensaio imunoenzimático ELISA, técnica sorológica utilizada para a detecção de anticorpos IgG. RESULTADOS: Foram capturados 93 roedores silvestres, com um sucesso de captura de 6,3%. Dos capturados, as espécies com maior percentual de espécimens foi Oligoryzomys microtis, com 94,6%. Cinco apresentaram sorologia positiva para hantavírus, quatro O. microtis e um Proechimys cuvieri. CONCLUSÃO: Foi comprovada a evidência de circulação de hantavírus em roedores silvestres no Município de Capixaba. A espécie O. microtis é reservatório do hantavírus Rio Mamoré, reconhecidamente patogênico.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: Reporting the epidemiological field investigation to detect hantavirus circulation in silent area of the Amazon Region. MATERIALS AND METHODS: An epidemiological field investigation was carried out to detect hantavirus circulation in wild rodents in the Municipality of Capixaba, Acre State, Brazil, that is considered a silent disease area. 490 traps were installed per day, on three consecutive days, numbering 1,470 for the collection period at new moon. Captured animals were euthanized to collect of samples of blood and organs and skeletal preservation. The samples were analyzed by the Instituto Evandro Chagas of the Secretariat of Health Surveillance, Brazil's Ministry of Health by enzyme immunoassay (ELISA), serological technique used for IgG detection. RESULTS: In total 93 wild rodents were captured with a capture success of 6.3%. Of the rodents captured, the species with the highest percentage of samples was Oligoryzomys microtis with 94.6%. Five positive tests for hantavirus, four of them are O. microtis and one Proechimys cuvieri. CONCLUSION: Evidence of hantavirus circulation was proven in wild rodents in Municipality of Capixaba. O. microtis species is the reservoir of Rio  Mamoré virus, a pathogenic hantavirus.



Resumo Espanhol:

OBJETIVO: Relatar la investigación ecoepidemiológica para detección de la circulación de hantavirus en área silenciosa de la Región Amazónica. MATERIALES Y MÉTODOS: Se realizó una investigación ecoepidemiológica para detectar la circulación de hantavirus en el Municipio de Capixaba, Estado de Acre, Brasil, considerado como área silenciosa para enfermedad. Se instalaron 490 trampas por día, en tres días consecutivos, totalizando un esfuerzo de captura de 1.470 trampas-noche, en el período de luna nueva. A los animales capturados se les practicó eutanasia para recolectar muestras de sangre y órganos y preservar el esqueleto. Las muestras recogidas se analizaron en el Instituto Evandro Chagas de la Secretaría de Vigilancia en Salud del Ministerio de Salud, con el ensayo inmunoenzimático ELISA, técnica serológica utilizada para la detección de anticuerpos IgG. RESULTADOS: Se capturaron 93 roedores silvestres, con éxito de captura del 6,3%. De los capturados, las especies con mayor porcentaje de ejemplares fue Oligoryzomys microtis con 94,6%. Cinco presentaron serología positiva para hantavirus, cuatro O. microtis y un Proechimys cuvieri. CONCLUSIÓN: Se comprobó la evidencia de circulación de hantavirus en roedores silvestres en el Municipio de Capixaba. La especie O. microtis es reservorio de hantavirus Rio Mamoré, reconocidamente patógeno.