Evolução Clínica de Pacientes com Lesões de Tronco de Coronária Esquerda Não-Protegido Submetidos a Angioplastia Coronária com Implante de Stents Farmacológicos

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

Endereço:
Rua Beira Rio, 45 - 7º andar - Conj. 71
São Paulo / SP
Site: http://www.rbci.org.br/
Telefone: (11) 3849-5034
ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Evolução Clínica de Pacientes com Lesões de Tronco de Coronária Esquerda Não-Protegido Submetidos a Angioplastia Coronária com Implante de Stents Farmacológicos

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: Costantino R. Costantini, Daniel Zanuttini, Marcos A. Denk, Sergio G. Tarbine, Marcelo F. Santos, Eduardo F. Oliveira, Marcos H. Bubna, José F. Rocha, Marcos J. Barbosa, Costantino O. Costantini
Autor Correspondente: Costantino R. Costantini | [email protected]

Palavras-chave: Doença da artéria coronária, Angioplastia, Stents farmacológicos.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Recentemente a intervenção coronária percutânea
(ICP) com stents farmacológicos (SFs) tem se mostrado
uma opção viável em pacientes selecionados com lesão
de tronco de coronária esquerda não-protegido (TCE-NP).
Este estudo teve como objetivo avaliar a efetividade e a
segurança da ICP com SFs em lesões de TCE-NP da prática
diária, analisando a ocorrência combinada de eventos cardíacos
adversos maiores (ECAM) a longo prazo. Métodos:
Foram tratados 142 pacientes consecutivos, com média de
seguimento clínico de 917 + 743 dias. A decisão de utilizar
um ou dois stents e inibidor da glicoproteína IIb/IIIa ficou
a critério do operador. Angiografia coronária no seguimento
não foi realizada de rotina, mas deixada a critério clínico.
Resultados: A média de idade foi de 67,5 + 16 anos, três
quartos dos pacientes eram do sexo masculino, 29% eram
portadores de diabetes e 39% apresentavam angina instável.
Foram utilizados 2,75 + 1,25 stents por paciente. Lesões
com comprometimento da bifurcação foram identificadas
em 90,1% e as técnicas mais frequentemente utilizadas
foram o provisional stent em 36% e o small crush em 29%
dos pacientes. Ultrassom intracoronário foi realizado em
92,3% dos pacientes, e reintervenção ocorreu em 21,3%
dos stents, por apresentarem aposição incompleta de suas
hastes após o implante. ECAM na evolução tardia ocorreram
em 15,4%, óbito cardíaco ocorreu em 3,6%, revascularização
do vaso-alvo em 11,2% e trombose definitiva/
provável do stent em 1,4%. Conclusões: A ICP com SFs em
lesões de TCE-NP neste estudo mostrou ser segura e eficaz
na evolução tardia, com baixas taxas de óbito cardíaco e de
trombose do stent.



Resumo Inglês:

Recently, percutaneous coronary intervention
(PCI) with drug-eluting stents (DES) has proven to be a feasible
option in selected patients with unprotected left main (LM)
disease. This study was aimed at assessing the efficacy and
safety of PCI with DES in LM lesions in the daily practice,
analyzing the long-term occurrence of major adverse
cardiac events (MACE). Methods: A total of 142 consecutive
patients were treated with a mean follow-up of 917 + 743
days. The decision to use one or two stents or glycoprotein
IIb/IIIa inhibitors was left to the operator’s discretion. Coronary
angiography was not performed routinely in the
follow-up. Results: Mean age was 67.5 + 16 years, 75%
of the patients were male, 29% had diabetes and 39% had
unstable angina. A total of 2.75 + 1.25 stents were implanted
per patient. Bifurcation lesions were identified in 90.1% and
the most frequent techniques were the provisional stent in
36% and small crush in 29% of the patients. Intravascular
ultrasound was performed in 92.3% of the patients and reinterventions
in 21.3% of the stents due to incomplete apposition
of the struts after implantation. In the late follow-up,
MACE was observed in 15.4% of the patients, cardiac death
in 3.6%, target-vessel revascularization in 11.2% and definitive/
probably stent thrombosis in 1.4%. Conclusions: In this
study, PCI with DES proved to be safe and effective in the
late follow-up of LM lesions, with low cardiac death and stent
thrombosis rates.