Evolução de Pacientes com Disfagia Orofaríngea em Ambiente Hospitalar

Arquivos Internacionais De Otorrinolaringologia

Endereço:
Rua Teodoro Sampaio, 483 Pinheiros
São Paulo / SP
Site: http://www.arquivosdeorl.org.br
Telefone: (11) 3068-9855
ISSN: 18094872
Editor Chefe: Prof. Dr. Geraldo Pereira Jotz
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Evolução de Pacientes com Disfagia Orofaríngea em Ambiente Hospitalar

Ano: 2009 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Edna Márcia da Silva Abdulmassih, Evaldo Dacheux Macedo Filho, Rosane Sampaio Santos, Ari Leon Jurkiewicz
Autor Correspondente: Edna Márcia da Silva Abdulmassih | [email protected]

Palavras-chave: disfagia, paciente disfágico, fonoaudiologia hospitalar, estado do paciente na alta hospitalar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: A disfagia orofaríngea de etiologia neurogênica pode causar risco clínico nutricional e comprometimento laringo
traqueal por aspiração, podendo culminar em broncopneumonia aspirativa. Esta condição está presente na rotina
das avaliações do fonoaudiólogo que atua em ambiente hospitalar junto a pacientes pós acidente vascular
encefálico (AVE).
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução de pacientes portadores de disfagia orofaríngea neurogênica pós
AVE, durante o período de internação até o momento da alta hospitalar, analisando grau da disfagia no prétratamento;
diagnóstico instrumental; condutas fonoaudiológicas; condições do paciente na alta hospitalar.
Método: Foram estudados 39 pacientes no período de dezembro de 2003 a junho de 2004, com queixa de dificuldade
de deglutição sugestiva de disfagia. Foi elaborado um protocolo padronizado para a coleta dos dados clínicos.
Conclusão: Os resultados permitiram concluir que: houve prevalência da disfagia de grau moderado, seguida pelos graus
leve e severo; no diagnóstico instrumental ocorreu à prevalência de aspiração laríngea, seguida de alteração
na fase orofaríngea, penetração laríngea, alteração na fase oral da deglutição; nas condutas fonoaudiológicas
a manipulação de alimentos apresentou excelente resultado seguida das manobras posturais e das manobras
protetivas; na alta hospitalar a prevalência foi de sujeitos que apresentaram estado clínico de nível bom, alimentando-
se por via oral, com algumas modificações posturais e/ou da consistência alimentar sem o uso de
sonda, seguido pelos que apresentaram nível regular, iniciando com dieta via oral fazendo uso de sonda, mas
com possibilidade de retirada entre 30 a 60 dias do período hospitalar.



Resumo Inglês:

Introduction: Neurogenic etiology oropharyngeal dysphagia may lead to clinical malnutrition, laryngotracheal damage,
and result in aspirative bronchopneumonia. This condition is present in the evaluations routine of the
phonoaudiologist who works in hospitals with post CVA (cerebral vascular accident) patients.
Objective: The objective of this study is to evaluate the evolution of neurogenic oropharyngeal dysphagia patients
after CVA, during interment period until hospital discharge, and to analyze the dysphagia degree before
treatment; diagnostic tools; phonoaudiologic routines; state o the patients upon discharge.
Method: Thirty-nine (39) patients were studied from December 2003 through June 2004 complaining of deglutition
disorder, that indicates dysphagia. A standardized protocol was prepared for collection of clinical data.
Conclusion: The results allowed to conclude that there was moderate degree dysphagia, followed of light and
severe degrees; in the instrumental diagnosis there was a prevalence of laryngeal aspiration, followed
of a change in the oropharyngeal phase, laryngeal penetration, change in the deglutition oral phase;
in the phonoaudiological procedures, the food manipulation presented excellent results followed of
postural and protective maneuvers; upon hospital discharge there was a prevalence of individuals who
had a good level clinical state and were eating orally with some postural and/or food consistency
modifications without the use of probe, followed by those who presented a regular level beginning
the oral diet with the use of probe, but able to be discharged between 30 to 60 days after the hospital
period.