A abordagem comportamental sobre a internacionalização das empresas explica que os movimentos em direção aos mercados externos ocorrem de forma incremental, com o comprometimento crescente dos recursos para amenizar os efeitos da incerteza e reduzir a percepção sobre os riscos. Evidências indicam que as teorias e as práticas desenvolvidas para o mercado doméstico podem não ser capazes de explicar a realidade das empresas que atuam em mercados internacionais. Assim, o Paradigma da Complexidade apresenta-se como uma alternativa mais abrangente para perceber as relações dentro das organizações e com os mercados. Nesse sentido, o objetivo do ensaio teórico é analisar a evolução do Modelo de Uppsala entre os anos de 1975 e 2010 com o entendimento das empresas em processo de internacionalização como Sistemas Adaptativos Complexos, de acordo com o Modelo de Kelly e Allison (1998). São apresentadas quatro proposições que evidenciam as ligações existentes entre as abordagens. O mais surpreendente é a percepção de que a evolução conceitual do Modelo de Uppsala parece acompanhar os nÃveis de evolução da complexidade apresentados no Modelo de Kelly e Allison
The behavioral approach to the internationalization of companies explains that the
movements toward external markets occur in accordance with the increasing commitment of
resources to mitigate the effects of uncertainty and reduce the perception of risk. Evidence
indicates that the theories and practices developed in the domestic market may not be able to
explain the reality of companies that operate in international markets. Thus, the Paradigm of
Complexity presents itself as a comprehensive alternative to realize the relationships within
organizations and markets. Accordingly, the aim of this theoretical paper is to analyze the evolution
of the Uppsala Model between years 1975 and 2010 with the understanding of the companies in the
process of internationalization as Complex Adaptive Systems, in accordance with the Model Kelly
and Allison (1998). Four propositions are presented that show the links between the approaches.
The most surprising is the perception that the conceptual evolution of the Uppsala Model seems to
accompany the evolution of complexity levels, presented in Model Kelly and Allison.