O campo esportivo é caracterizado como um ambiente predominantemente masculino e mesmo que a mulher esteja em constante avanço na busca por reconhecimento, os preconceitos que envolvem sua legitimação como atleta ainda são uma realidade. Neste artigo, fizemos um levantamento bibliográfico com base em artigos e livros a respeito do assunto, com o objetivo de traçar o histórico da participação feminina em Olimpíadas, desde os momentos das Revoluções Industrial e Francesa, marco de sua mudança de postura frente à sociedade, passando pelas tentativas de se consolidar nos Jogos Olímpicos durante os períodos que envolvem as Primeira e Segunda Guerras, até a consolidação do esporte moderno e o destaque para as políticas de inclusão e igualdade de gênero desenvolvidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a partir nos anos 80. Para desenvolver esse histórico, consideramos o esporte como prática inserida no contexto da Teoria dos Campos, de Pierre Bourdieu (1983), determinando-o como lugar autônomo.
The historical evolution of female participation in the Olympic Games of the Modern Era and the inclusion of women in competitive sport. The sport field is characterized as a predominantly male environment and even though women are constantly advancing in the search for acceptance, the prejudices that involve their legitimation as athletes are still a reality. In this article, we did a bibliographical survey based on articles and books on the subject, with the intent to trace the history of female’s participation at the Olympics in different moments: from the Industrial and French Revolutions, a milestone in their change of attitude towards society, through the attempts to consolidate themselves in the Olympic Games during the periods involving the 1st and 2nd World Wars, until the consolidation of modern sport and the emphasis on the policies of inclusion and gender equality developed by the International Olympic Committee (IOC) from the 1980s. To develop this account, we considered sport as an inserted practice into the context of Pierre Bourdieu’s Field Theory (1983), determining it as an autonomous place.
