A exclusão como motivação fraseológica: o preconceito manifestado no léxico

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ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

A exclusão como motivação fraseológica: o preconceito manifestado no léxico

Ano: 2018 | Volume: 14 | Número: 27
Autores: Jessica dos Santos Paião, Elizabete Aparecida Marques
Autor Correspondente: J. dos S. Paião, E. A. Marques | [email protected]

Palavras-chave: expressão idiomática, cultura, excluídos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As expressões idiomáticas, doravante EIs, podem ser definidas como unidades polilexicais, figuradas, pertencentes ao acervo linguístico de uma dada comunidade, cuja formação e os seus sentidos costumam refletir a visão cultural de um povo. Como o sentido pode possuir caráter sociocultural, muitas vezes as EIs são utilizadas pelos falantes como recursos de perpetuação de diversas formas de preconceito. Assumindo esse pressuposto, o objetivo deste trabalho é analisar o preconceito manifestado nas expressões idiomáticas que tenham entre seus elementos constituintes itens lexicais que designam os excluídos, os subalternos e os marginalizados da sociedade. Do ponto de vista teórico, no que tange ao estudo da Fraseologia, foram utilizados os trabalhos de autores como Ortíz-Alvarez (2000), Xatara (2013) e Marques (no prelo), entre outros. Já para o estudo da exclusão, as discussões teóricas se apoiaram em autores como Walty (2005), Wanderley (2008), Lobo (2008), Spivak (2010), Schollhammer (2010), Pinsky (2011), entre outros. Metodologicamente, as expressões idiomáticas foram coletadas em páginas web brasileiras. Apesar de não ser o intuito desse trabalho o esgotamento na seleção e na análise das EIs, como conclusão, é possível perceber que a criação lexical idiomática continua perpetuando- pela linguagem- a marginalização de determinados grupos sociais.



Resumo Inglês:

Idioms, hereinafter referred to as EIs, can be defined as figurative polylexical units belonging to the linguistic heritage of a given community whose formation and meanings often reflect the cultural vision of a people. By having this cultural character, the EIs are often used by the speakers as resources for the perpetuation of various forms of prejudice. Assuming this assumption, the s to analyze the bias manifested in idiomatic expressions that have among their constituent elements words that designate the excluded, subaltern and marginalized of society. From the theoretical point of view, with regard to the study of phraseology, the works of authors such as Ortíz-Alvarez (2000), Xatara (2013), Marques (at the press), and others were used. For the study of exclusion, the theoretical discussions were based on authors such as Walty (2005), Wanderley (2008), Lobo (2008), Spivak (2010), Schollhammer (2010), Pinsky (2011). Methodologically, the use examples were extracted from Brazilian web pages. Although it is not the purpose of this work, exhaustion in the selection and analysis of in conclusion, it is possible to perceive that the linguistic lexical creation continues to perpetuate - by the language - the marginalization of some groups.



Resumo Espanhol:

Las expresiones idiomáticas, en adelante EI, pueden ser definidas como unidades poliléxicas, figuradas, pertenecientes al acervo lingüístico de una dada comunidad, cuya formación y sus sentidos suelen reflejar la visión cultural de un pueblo. Como el sentido puede poseer carácter sociocultural, muchas veces las EI son usadas por los hablantes como recursos de perpetuación de variados tipos de prejuicio. Tras haber adoptado este punto de vista, el objetivo de este trabajo es analizar el prejuicio presente en las expresiones idiomáticas que tengan entre sus elementos lexías que designan a los excluidos, los subalternos y los marginados de la sociedad. Desde el punto de vista teórico, para el estudio de la Fraseología, fueron utilizadas las investigaciones realizadas por autores como Ortíz-Alvarez (2000), Xatara (2013), Marques (en prensa), entre otros. Para el estudio de la exclusión, las discusiones teóricas se basaron en autores como Walty (2005), Wanderley (2008), Lobo (2008), Spivak (2010), Schollhammer (2010), Pinsky (2011), entre otros. Metodológicamente, las expresiones idiomáticas fueron recogidas en páginas web brasileñas. Aunque no sea el intuito de este trabajo el agotamiento en la selección y en el análisis de las EI, como conclusión, es posible percibir que la creación lexical idiomática continua perpetuando-por el lenguaje- la marginación de algunos grupos sociales.