EXCLUSÃO DE ILICITUDE EM CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: UM ESTUDO SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Revista dos Estudantes de Direito da UnB

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ISSN: 2177-6458
Editor Chefe: Letícia Pádua Pereira/Equipe Editorial
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Direito

EXCLUSÃO DE ILICITUDE EM CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: UM ESTUDO SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Ano: 2025 | Volume: 22 | Número: 2
Autores: Pablo Ruan de Paula Teles; Suzana Cunha Modesto
Autor Correspondente: Pablo Ruan de Paula Teles; Suzana Cunha Modesto | [email protected]

Palavras-chave: Violência Doméstica, Exclusão de ilicitude, Legítima defesa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

É inegável que a violência doméstica no Brasil se configura como um grave problema social, com dados alarmantes que indicam, entre 2012 e 2022, ao menos 48.289 homicídios de mulheres, sendo 3.806 somente em 2022. Ademais, 65,2% dos casos de violência contra mulheres no país em 2022 ocorreram no âmbito doméstico, o que indica a relevância desse cenário. Nesse contexto, a exclusão de ilicitude em casos de violência doméstica, especialmente na legítima defesa e no estado de necessidade, é um tema muito importante no direito penal. A legítima defesa, prevista no art. 25 do Código Penal, permite que a mulher reaja para proteger sua vida ou integridade frente a uma agressão injusta e atual. Já o estado de necessidade, conforme o art. 24 do CP, justifica um ato ilícito para evitar mal maior em agressão iminente. Além disso, a Lei Maria da Penha reforça a proteção às mulheres, facilitando a aplicação das excludentes de ilicitude em casos de reação à violência sofrida. Este estudo, de natureza quali-quantitativa, objetiva analisar a aplicação dessas causas de exclusão de ilicitude, destacando a importância da proteção jurídica à mulher em contextos de violência doméstica e refletindo sobre a necessidade urgente de medidas eficazes para enfrentar esse panorama alarmante.