Este ensaio propõe um estudo sobre o sentido simbólico do lazer na prática do excursionismo, a partir de uma análise sobre a praia como cenário de lazer e sociabilidades. Excursionismo é aqui definido como sendo os passeios e/ou viagens temporárias organizadas de forma coletiva, permitindo a formação de quase grupos que exercem uma sociabilidade ocasional. Nessa perspectiva, traçamos a caracterização de dois segmentos de excursionistas, os populares conhecidos como “farofeiros” e os turistas, que se diferenciam por suas formas de vivenciar a praia e por distintos padrões de consumo. Com base nesta distinção, buscou-se analisar a implementação de políticas públicas de turismo que atuam na exclusão das classes populares através de medidas de restrição que disciplinam o acesso dos excursionistas aos espaços da praia.