O trabalho descreve as percepções do executivo brasileiro expatriado e a influência da distância psÃquica, identificando os fatores facilitadores e dificultadores do processo de adaptação e, principalmente, a sua percepção em relação à função desempenhada. Foram entrevistados executivos que vivenciaram e vivenciam o processo de expatriação. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas pessoais semiestruturadas, de acordo com um roteiro previamente estabelecido. Para se compreender a percepção dos executivos, em relação à sua nova função, e quais fatores da distância psÃquica são mais influentes no sucesso ou no fracasso do processo de expatriação, utilizou-se a história oral como instrumento metodológico. Verificou-se que as principais dificuldades surgem logo no inÃcio da permanência no exterior pela falta de um bom treinamento; pelo choque cultural da chegada, mesmo que o executivo conheça aspectos da cultura do paÃs hospedeiro; pela dificuldade com o idioma estrangeiro e, muitas vezes, pela falta de comprometimento dos trabalhadores locais. Quanto à volta para o Brasil, a falta de apoio por parte das empresas apresenta-se como um grave problema, já que não encontram facilidades para se readaptarem aos ambientes familiar, pessoal e profissional anteriores.