Exercício aeróbico no controle da hipertensão arterial na pós-menopausa

Fisioterapia Em Movimento

Endereço:
RUA IMACULADA CONCEIçãO, 1155 - PRADO VELHO - 3º ANDAR - PRéDI ADM
Curitiba / PR
Site: http://www.pucpr.br/revfisio
Telefone: (41) 3271-1701
ISSN: 19805918
Editor Chefe: Auristela Duarte Lima Moser
Início Publicação: 31/12/1988
Periodicidade: Trimestral

Exercício aeróbico no controle da hipertensão arterial na pós-menopausa

Ano: 2011 | Volume: 24 | Número: 4
Autores: Márcia Maria Oliveira Lima, Raquel Rodrigues Britto, Erika Alves Baião, Gislaine de Souza Alves, Claudia Drummond Guimarães Abreu, Verônica Franco Parreira
Autor Correspondente: Márcia Maria Oliveira Lima | [email protected]

Palavras-chave: Hipertensão, Treinamento aeróbio, Menopausa, Atenção primária à saúde.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Avaliar o efeito do treinamento com exercício aeróbio na capacidade funcional (CF) e no controle
da pressão arterial (PA), em mulheres na pós-menopausa, hipertensas estágio I, controladas ou não com tratamento
medicamentoso, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Metodologia: Antes e após 12 semanas
de treinamento com exercício aeróbio em uma UBS, dez mulheres hipertensas na pós-menopausa, idade de
56,9 ± 6 anos, sedentárias, não usuárias de terapia de reposição hormonal, foram submetidas à avaliação do
índice de massa corporal (IMC); da circunferência da cintura (CC); da CF pelo teste ergométrico (maior consumo
de oxigênio/ VO₂ e tempo de teste) e teste de caminhada em seis minutos (distância caminhada); e das
medidas casuais repetidas da PA. Reavaliações foram efetuadas a cada 30 dias. Os dados são expressos em
média e desvio-padrão. Foram aplicados os testes de Kolmogorov-Smirnov, t de Student pareado, Wilcoxone ANOVA para medidas repetidas, considerando significativo p < 0,05. Resultados: Não houve diferença significativa
no IMC (p = 0,40) e CC (p = 0,74) após a intervenção. Entretanto, após 30 dias observou-se redução
da PA sistólica (de 142,70 ± 6,25 para 130,76 ± 5,80 mmHg, p < 0,001) e diastólica (de 87,03 ± 4,48 para
81,90 ± 4,30 mmHg, p = 0,002) e melhora da CF pelo VO₂ (de 24,90 ± 6,38 para 27,82 ± 6,14 mL/kg/min,
p = 0,028), tempo de teste (de 6,89 ± 1,78 para 7,7 ± 1,8 min, p = 0,022) e distância caminhada (de 511,07 ±
41,99 para 556,1 ± 43,19 m, p = 0,009). Conclusão: O programa de treinamento com exercício aeróbio em
uma UBS mostrou-se efetivo e viável, contribuindo para a redução da PA e melhora da capacidade funcional
em mulheres hipertensas na pós-menopausa.



Resumo Inglês:

To evaluate the effect of the aerobic exercise training on functional capacity (FC) and blood pressure
(BP) control in hypertensive stage I or controlled hypertension postmenopausal women in a primary
care unit (PCU). Methods: Before and after 12 weeks of aerobic exercise training in a PCU, 10 hypertensive
postmenopausal women age 56.9 ± 5.98, sedentary, non-users of hormone replacement therapy were submitted
to: the evaluation of the body mass index (BMI); the waist circumference (WC); the FC by ergometric test
(oxygen uptake/VOâ‚‚, duration of the test) and six minute walk test (walked distance); and repeated casual
measures of BP. Revaluations were made for each 30 days. Data were presented in mean and standard deviation
and analyzed by Kolmogorov-Smirnov test, paired Student’s t-test, Wilcoxon and a repeated-measures
ANOVA considering p < 0.05. Results: No significant difference was found in BMI (p = 0.40) and WC (p = 0.74)
after training. However, after 30 days, a reduction had already been observed in systolic BP (from 142.70 ±
6.25 to 130.76 ± 5.80 mmHg, p < .001) and diastolic (from 87.03 ± 4.48 to 81.90 ± 4.30 mmHg, p = .002) and
also a significant improvement of functional capacity by VO₂ (from 24.90 ± 6.38 to 27.82 ± 6.14 mL/kg/min, p
= .028), duration of the test (from 6.89 ± 1.78 to 7.70 ± 1.80 min, p = .022) and distance walked (from 511.07 ±
41.99 to 556.1 ± 43.19 m, p = .009). Conclusion: The aerobic exercise training program in a primary care unit
was effective and viable as a strategy to reduce the BP and to improve the functional capacity in hypertensive
postmenopausal women.