Objetivos: Descrever os resultados da prática de exercÃcios domicilares para o assoalho pélvico em mulheres continentes nos quesitos
avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA) e presença de incontinência urinária após um ano de tratamento fisioterapêutico.
Métodos: Estudo observacional com 15 mulheres um ano após o tratamento fisioterapêutico para incontinência urinária de esforço
(IUE). As variáveis analisadas neste estudo foram: situações de perda urinária, utilização de proteção diária, manutenção dos exercÃcios
domiciliares para o assoalho pélvico, AFA e satisfação da paciente em relação ao tratamento. Também foram investigadas algumas
variáveis de confusão, como: estado hormonal, número de partos vaginais e realização de episiotomia. Resultados: Após um ano do
término do tratamento fisioterapêutico, observou-se que a AFA manteve-se (Md=5; p=0,08). Quanto à presença de perda urinária, 40%
da amostra relatou ser leve, não sendo necessária a utilização de protetores diários. Observou-se também associação significante
(p=0,001) entre a prática de exercÃcios domiciliares e o quadro clÃnico normal. As variáveis de confusão, que poderiam comprometer
o quadro clÃnico, não apresentaram associação significativa (p≥0,05). Conclusão: A realização dos exercÃcios domiciliares sugeridos
demonstra ser uma variável importante na manutenção da continência urinária ao final do tratamento fisioterapêutico.
Objectives: To describe the results of home exercise targeting the pelvic floor in continent women one year after the end of a physical
therapy treatment for the following outcomes: functional assessment of the pelvic floor and urinary incontinence. Methods: This is an
observational study that evaluated fifteen women one year after physical therapy treatment for Stress Urinary Incontinence (SUI). The
outcomes for this study were: situations of urinary loss, use of daily protection, practice of home exercises for the pelvic floor, functional
assessment of the pelvic floor (FAPF) and patient satisfaction. We also investigated some confounding variables such as hormonal
status, number of vaginal deliveries and previous history of episiotomy. Results: One year after completion of physical therapy treatment,
we observed that the FAPF median remained stable over time (Median=5, p=0.08). The presence of urinary incontinence was reported
by 40% of women in the sample, however, was characterized as mild (i.e. not requiring the use of daily protection). There was also a
significant association (p=0.001) between the completion of home exercises (twice or more per week) and the normal clinical status.
Confounding variables, which could compromise the clinical status, showed no significant association with the outcomes (p≥0.05).
Conclusion: Home exercises contributed to the maintenance of continence following a physical therapy treatment.