No sistema da vida ética em Hegel, a família é definida como uma comunidade ética imediata, que tem como princípios os laços afetivos manifestados nos sentimentos e no amor. Enquanto pessoa universal e perdurável, a família precisa de uma fortuna permanente e segura que possibilite seu desenvolvimento material e espiritual. Este artigo tem como objetivo analisar e explicar como se justifica em Hegel a exigência da riqueza nos diversos aspectos da vida familiar. Nesse sentido, mostraremos, a partir do método dialético-especulativo hegeliano, a importância do patrimônio familiar na manutenção, no bem-estar e na evolução da família como instituição que participa do contexto social na condição de educadora e que, além de transmitir valores a seus filhos, os prepara para a vida em sociedade.
In the system of ethical life in Hegel, the family is defined as an immediate ethical community, whose principles are the affective bonds manifested in feelings and love. As a universal and enduring person, the family needs a permanent and secure fortune that enables its material and spiritual development. This article aims to analyze and explain how Hegel justifies the demand for wealth in the various aspects of family life. In this sense, we will show, from the Hegelian dialectic-speculative method, the importance of family patrimony in the maintenance, well-being and evolution of the family as an institution that participates in the social context as an educator and which, besides transmitting values to Their children, prepares them for life in society