O presente trabalho é um discurso sobre o não-dito em Vidas Secas, romance de Graciliano Ramos de 1938, hoje na 93ª edição. A pretensão é uma hermenêutica da obra. Como base para fundamentar o olhar hermenêutico, nosso dizer tem como pilares as falas dos filósofos Gadamer, Merleau-Ponty, Heidegger e Nietzsche e comentadores como Santiago Kovadloff, Ernildo Stein, Danilo Marcondes, entre outros. Deixamos claro que a intenção é apelar à razão para falar da des-razão, do vazio, de um silêncio primordial, da condição humana, tendo como pano de fundo a secura das vidas secas do escritor alagoano.
The present study is about the not-said in “Barren Lives”, a novel by Graciliano Ramos (1938), now in its 93rd edition. The aim is a hermeneutic study of the work fundamented and enlightened by the concepts of philosophers such as Gadamer, Merleau-Ponty, Heidegger and Nietzche; and commentators as Santiago Kovadloff, Ernildo Stein, Danilo Marcondes, among others. Our intention is to appeal to reasoning to analyze the lack of reason, the reasoning emptiness, a primary critical silence due to the human condition having as background the bareness found in the novel by this remarkable writer from Alagoas.