Esse ensaio se propõe a analisar parte da produção fotográfica de Sebastião Salgado sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, buscando compreender as relações entre o meio fotográfico e os nÃveis de movimentação revelados nas imagens. Trata-se de investigar como tais imagens retratam uma “naçãoâ€, fragmentada e heterogênea, a partir da representação de uma comunidade migrante. Recusando migrar para grandes cidades brasileiras, o MST assume um caráter periférico. Tal aspecto de resistência deste grupo é foco das fotografias de Salgado. No entanto, como verificamos com a análise, há uma tensão definitiva entre “ser representado†e “representar-se a si mesmoâ€: o MST, por sua própria natureza polÃtica, reenforça a importância da fotografia na arte de “fazer históriaâ€.
The objective of this essay is to analyse the photographic production of Sebastião Salgado of the Landless Workers Movement, aiming at understanding the relationships between the photographic medium and the levels of movement revealed by the images. It investigates how such images portray a “nationâ€, fragmented and heterogeneous, from the representation of a migrant community. Refusing to migrate to Brazil’s big cities, the Landless Movement accentuates its peripheral nature. Such aspect of resistance
from this group is the focus of Salgado’s photographs. Nevertheless, as it is argued throughout the essay, there is a definite tension between “being represented†and “representing itselfâ€: the Landless Movement, because of its political essence, reinforces the importance of photography in the art of “making historyâ€.
El objetivo de este ensayo es analizar la obra fotográfica de Sebastião Salgado en el Movimiento de los Trabajadores sin Tierra, buscando comprender las relaciones entre el medio fotográfico y los niveles de movimiento revelado por las imagenes. Esta obra investiga como estas imagenes retratam una nación fragmentada y heterogenea desde la representación de una comunidad en movimiento y nomada. Rehusando migrar a las ciudades grandes de Brasil, esta obra asume un carater periférico. Tal aspecto de resistencia de este grupo es lo centro de las fotografÃas de Salgado. Sin embargo, como se analiza a fondo en el ensayo, existe una tensión difinitiva entre “ser representado†y “representarse a si mismoâ€: el Movimiento de los Trabajadores Sin Tierra, debido a su naturaleza polÃtica, refuerza la importancia de la fotografÃa en el arte de “hacer historiaâ€.