EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO NA AMAZÔNIA: DINÂMICAS E CONTRADIÇÕES

Revista Tamoios

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ISSN: 1980-4490
Editor Chefe: Eduardo Karol
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

EXPANSÃO DO AGRONEGÓCIO NA AMAZÔNIA: DINÂMICAS E CONTRADIÇÕES

Ano: 2022 | Volume: 18 | Número: 1
Autores: J. A. Bernardes
Autor Correspondente: J. A. Bernardes | [email protected]

Palavras-chave: fronteira agrícola; agronegócio; logística; Amazônia; contradições

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho propõe analisar o atual movimento de expansão das fronteiras agrícolas tecnificadas na Amazônia Brasileira, uma região cuja centralidade é de fundamental relevância para o Brasil e o mundo. Essas fronteiras deverão ser reconstruídas através de conceitos como fronteira (MARTINS, 2014), território usado (SANTOS, 1999; RIBEIRO, 2005) e contradições (HARVEY, 2016), uma abordagem que procura reconhecer a criação de paisagens geográficas mais favoráveis à reprodução do capital, no contexto do seu avanço no campo, das novas formas de relação que vem estabelecendo com o Estado e o território e das repercussões sociais e ambientais. Nesse sentido, a pesquisa centra suas possibilidades teóricas na ótica da acumulação capitalista e nas tentativas de alisamento do espaço econômico, na dinâmica do mercado, na atuação do Estado e no confronto entre interesses dominantes e formas de produzir pré-existentes. Na percepção da contradição, é possível desvendar os conflitos, procurando destacar como a aparente resolução gradual coincide com o processo de intensificação da integração da região ao fluxo do comércio internacional. Nesse caminho analítico é possível reconhecer essa fronteira como projeto dos mais poderosos e como espaço dos que lutam pela vida no âmbito da ordem dominante verticalizada e excludente.



Resumo Espanhol:

El presente trabajo propone analizar el actual movimiento de expansión de las fronteras agrícolas tecnificadas en la Amazonía brasileña, una región cuya centralidad es de fundamental importancia para Brasil y el mundo. Estas fronteras deben ser reconstruidas por conceptos como frontera (MARTINS, 2014), territorio utilizado (SANTOS, 1999; RIBEIRO, 2005) y contradicciones (HARVEY, 2016), enfoque que busca reconocer la creación de paisajes geográficas más favorables a la reproducción del capital, en el contexto de su avance en el campo, de las nuevas formas de relación que viene estableciendo con el Estado y el territorio, y de las repercusiones sociales y ambientales. En este sentido, la investigación centra sus posibilidades teóricas en la perspectiva de la acumulación capitalista y en los intentos de suavizar el espacio económico, en la dinámica del mercado, en el desempeño del Estado y en el enfrentamiento entre intereses dominantes y formas de producción preexistentes. En la percepción de la contradicción, es posible investigar los conflictos, tratando de resaltar cómo la aparente resolución gradual coincide con el proceso de intensificación de la integración de la región al flujo del comercio internacional. En este camino analítico, es posible reconocer esta frontera como un proyecto de los más poderosos y como un espacio para quienes luchan por la vida en el ámbito del orden dominante verticalizado y excluyente.