Expatriados no Brasil: Diferentes Nacionalidades, Diferentes Percepções

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ISSN: 1679-1827
Editor Chefe: Carla Regina Pasa Gómez
Início Publicação: 28/02/2003
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Administração

Expatriados no Brasil: Diferentes Nacionalidades, Diferentes Percepções

Ano: 2010 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Hélio Arthur Reis Irigaray, Sylvia Constant Vergara
Autor Correspondente: Hélio Arthur Reis Irigaray | [email protected]

Palavras-chave: Expatriados, Identidade, Pós-modernidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo visou determinar se as percepções dos expatriados que vivem no Brasil diferem em
função de suas nacionalidades. Com base na premissa ontológica da pós-modernidade crítica, foi
realizada uma pesquisa qualitativa no escritório de uma empresa norte-americana do setor de
telecomunicações, em São Paulo. Foram entrevistados três expatriados com perfis profissionais,
acadêmicos e psicográficos similares: um holandês, um norte-americano e um colombiano. O
holandês e o norte-americano percebem os brasileiros como hospitaleiros e simpáticos; enquanto o
colombiano como arrogantes e prepotentes. Sugerimos que estas diferentes percepções decorrem
do fato de os brasileiros hipervalorizarem as culturas noirte-americana e européia, bem como do
“efeito espelho”, isto é, quando em contato direto com outro “terceiro mundista”, os brasileiros se
reconhecem e rejeitam a imagem projetada por não harmonizar com os padrões de beleza,
eficiência e comportamentos por eles valorizados.



Resumo Inglês:

The object of this study was to determine how the perception of the expatriates who live in Brazil
differ according to their nationalities. Based upon the critical postmodern paradigm, a qualitative
research was carried out in a North American telecommunication company office, in São Paulo. We
interviewed three expatriates executives: a Dutch, a North American, and a Colombian. All of them
had the same background and psychographic traits. The Dutch and the North American perceive
Brazilians as nice and hospitable; whereas, the Columbian perceive them as arrogant and proud.
We suggest that these perceptions differs due to the fact that Brazilians indeed admire the “firstworld”
culture and reject anyone that may remind them of their real image, which does not
harmonize with the European and North American standards of beauty, efficiency and behavior.