O artigo analisa experiências de vidas de mulheres africanas imigrantes e residentes na cidade de Fortaleza-CE, Brasil, em um contexto de migração transnacional. As mulheres apresentam discursos marcantes com relação à raça, religião, gênero, sexualidade e pertencimento étnico. A partir da observação etnográfica, entrevistas abertas e conversas informais, comparei as experiências migratórias de três mulheres de nacionalidades cabo-verdiana e bissau-guineense, verificando seus distintos lugares enquanto africanas, negras e estrangeiras interseccionando com diversos marcadores sociais. Após o deslocamento de África para o Brasil, as jovens passam a apresentar pertencimentos diferentes daqueles que assumiam nos seus países de origem, ressignificando identificações de raça, orientação sexual, religião e trabalho.
This paper analyzes the experiences of the lives of immigrant and resident African women in the city of Fortaleza-CE, Brazil, in a context of transnational migration. Women present striking discourses regarding race, religion, gender, sexuality, and ethnicity. From the ethnographic observation, open interviews and informal conversations, I compared the migratory experiences of three women of Cape Verdean and Bissau-Guinean nationality, checking their distinct places as African, Black and foreign, intersecting with various social markers. After the displacement of Africa to Brazil, young women began to present different personalities from those they assumed in their countries of origin, resignify identifications of race, sexual orientation, religion and work.
Este artículo analiza las experiencias de las vidas de mujeres inmigrantes y residentes de África en la ciudad de Fortaleza-CE, Brasil, en un contexto de migración transnacional. Las mujeres presentan discursos impactantes sobre raza, religión, género, sexualidad y etnicidad. Desde la observación etnográfica, las entrevistas abiertas y las conversaciones informales, comparé las experiencias migratorias de tres mujeres de nacionalidad caboverdiana y bissau-guineana, verificando sus distintos lugares como africana, negra y extranjera, que se cruzan con diversos marcadores sociales. Luego del desplazamiento de África a Brasil, las mujeres jóvenes comenzaron a presentar diferentes personalidades de las que asumían en sus países de origen, resignificando identificaciones de raza, orientación sexual, religión y trabajo.
