O artigo apresenta experiências, conflitos e contradições referentes ao trabalho dos ambulantes nos trens da ferrovia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), retratando as possíveis formas de resistência desses trabalhadores. Considera-se o trabalho clandestino como primeira forma de resistência desses trabalhadores para serem inseridos no “mundo do trabalho”. Tal inserção está diretamente pautada na luta pela sobrevivência, dos próprios trabalhadores ambulantes e de suas famílias. Deste modo, estão articuladas tanto às estratégias de sobrevivência, mais relacionadas à busca por condições materiais de existência, quanto às formas de resistências, pertinentes às lutas dos trabalhadores, mesmo que ainda dispersas.
The article presents experiences, conflicts and contradictions related to the work of hawkers on railway trains in the Metropolitan Region of Rio de Janeiro (RMRJ), portraying the possible forms of resistance of these workers. Clandestine work is considered the first form of resistance of these workers to be inserted in the “world of work”. Such insertion is directly based on the struggle for survival, of hawkers themselves and their families. Thus, they are linked both to survival strategies, more related to the search for material conditions of existence, and to forms of resistance, relevant to the workers' struggles, even if they are still dispersed.