Pretendendo (re)direcionar o final da obra de William Shakespeare em O Mercador de Veneza, sem que a trama contratual seja desfeita na sua origem, insere-se a questão linguÃstica no seu aspecto semântico: a metáfora do termo “uma libra de carneâ€. A partir daÃ, o personagem que provocou toda a questão jurÃdica envolvendo a lei e o poder, Shylock, pôde se utilizar desse recurso linguÃstico na contra-argumentação das determinações de Portia na cena do juÃzo, não para seu benefÃcio, mas para diminuir a penalidade imposta. Os diálogos reescritos com a roupagem semântica pró-réu levam o leitor a uma nova reflexão.