Extremidades do vÃdeo é uma investigação crÃtica sobre o meio
videográfico na produção criativa contemporânea. A partir da observação
da produção brasileira e das relações interlinguagens, examina o modo
como o vÃdeo se relaciona na cultura digital. As extremidades do vÃdeo são
as circunstâncias limÃtrofes de ação do vÃdeo que evidenciam suas
transformações e suas contribuições. Essas extremidades tangenciam a
descentralização das linguagens e problematizam o vÃdeo em suas
relações como um campo expressivo interligado a outros campos. A partir
das teorias crÃticas advindas da arte e das mediações tecnológicas, a
investigação demonstra três modos de extremidade – desconstrução,
contaminação e compartilhamento – como marcas de transgressão e
hibridismo, ou zonas interconectadas e fronteiriças. Trata-se dos
movimentos de expansão do vÃdeo, dos seus desvios, infiltraçõese
deslocamentos, proporcionados nos trânsitos e questionamentos do
espaço-tempo midiático. Em todas essas proposições, o vÃdeo é
reconfigurado e coloca em sinergia processos conceituais complexos
existentes entre as mÃdias e as artes. Novos contextos surgem, outros
desaparecem, a linguagem é viva, dinâmica e é entendida a partir das
atividades de que é integrante. O vÃdeo, no limiar da cultura digital e do
século XXI, é pontuado pelas marcas de suas extremidades e
apresentado como uma trajetória inacabada, em movimento, como um
vértice criativo das mais variadas práticas de arte.
The video extremity is a critic investigation about videographic
media into contemporary creative production, from Brazilian video
observation. Examines the way video relates to media art and its
manifestation in digital culture.The video extremities are the limiting
circunstances of video action that highlights its transformation and
contribution. These extremities bring into question the video in its
relations, as an issue connected to many kinds of other issues, and not
only as the question itself. From the critic theories of art and technology
media, this investigation presents three forms of extremity –
deconstruction, contamination and sharing – as transgression and
hybridism marks or bordering interconnected zones. They are the
diversions, infiltrations and displacements of video which happens
between the questioning and transits of media space-time, as well as the
expansion movements of videographic media which trends to language
decentralization. In all these propositions, the video is reconfigured and
the complex conceptual processes between media and arts are put into
synergy. New contexts emerge, other disappear, language is alive,
dynamic and understandable from the activities in which take parts.
Video, bordering 21
st
century and digital culture, is marked by its
extremities and presented as an unfinished path, in movement, as a
creative vertex of the most different art practices