Neste artigo discuto uma questão teórico-prática dos cursos de teologia e sua relação com as igrejas. No campo evangélico brasileiro há uma tradição de desconfiança das igrejas com relação à s faculdades de teologia, que inclui uma acusação de que o estudo da teologia faz a pessoa perder a fé. A partir da experiência docente de três décadas, procuro responder a essa tradição, apresentando conceitos de fé que considero inadequados – de modo que se o aluno perder essa “féâ€, a faculdade terá prestado um bom serviço – e conceitos de fé que considero adequados, que representam o que o Novo Testamento descreve como fé madura, que demanda discernimento. Por fim, apresento breves reflexões, a partir de Foucault e Tillich, sobre a atitude crÃtica como componente crucial da identidade protestante – componente este que os cursos de teologia têm a obrigação de praticar com ênfase e excelência.