Introdução: a estenose venosa central é uma complicação comum em pacientes com doença renal crônica (DRC), levando a complicações vasculares e maior mortalidade. A exposição a cateteres é um importante fator de risco, e a sua apresentação clínica envolve um amplo espectro de sinais e sintomas, incluindo edema em membros superiores, região cervical, tórax e face, comprometimento da eficiência da diálise e redução de sítios viáveis para confecção de acessos vasculares. Relato de caso: paciente do sexo feminino, 41 anos, com DRC dialítica e história prévia de múltiplos acessos vasculares, foi admitida com história de edema em região cervical e hemiface esquerda há três meses. A angiotomografia revelou estenose acentuada no segmento proximal da veia braquiocefálica esquerda, e a flebografia confirmou o diagnóstico de estenose venosa central, com estenose suboclusiva do tronco venoso e veias colaterais significativas. Foi realizado tratamento endovascular com angioplastia com balão, apresentando melhora considerável do edema após o procedimento. Conclusão: para evitar o desenvolvimento de obstrução venosa central, é importante aprofundar o conhecimento a respeito dos principais fatores de risco associados a esta patologia. Embora corresponda a uma condição tratável, o paciente pode evoluir com recorrência dos sintomas, e intervenções vasculares subsequentes podem ser necessárias. Portanto, as estratégias de prevenção são a abordagem mais eficiente.
Introduction: central vein stenosis (CVS) is a common complication in chronic kidney disease (CKD) patients, leading to vascular complications and higher mortality. Exposure to catheters is an important risk factor, and there is a wide spectrum of clinical presentation, including edema of the upper arm, neck, upper chest, and face, impairment of dialysis efficiency, and reduction of vascular accesses. Case report: a 41-year-old woman with CKD on dialysis and a history of multiple vascular accesses was admitted with a 3-month history of cervical and left hemiface edema. An angiotomography revealed marked stenosis in the proximal segment of the left brachiocephalic vein, and a venography confirmed the diagnosis of CVS, with subocclusive stenosis of the venous trunk and significant collateral veins. An endovascular treatment was performed with balloon angioplasty. She presented considerable improvement in the edema after the procedure. Conclusion: to avoid the development of central vein obstruction, it is important to enhance our knowledge about the main risk factors associated with this pathology. Although it is a treatable condition, recurrence of symptoms may occur, and subsequent vascular interventions may be needed. Therefore, prevention strategies are the most efficient approach.
