Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta em 2021 pelo Senado brasileiro para investigar a condução do combate à pandemia pelo governo tiveram grande repercussão na imprensa e na sociedade. Esteve em curso neste período uma disputa pela agenda do debate público. A parte visível dessa disputa esteve nas declarações oficiais. A outra parte aconteceu no submundo da internet e teve como ferramenta a elaboração e veiculação de notícias falsas. Neste artigo analisamos as fake news veiculadas durante a CPI da Pandemia a partir do trabalho de checagem feito pelas agências Lupa e Fato ou Fake. Concluímos que as fake news foram usadas em larga escala e de forma sistemática para disputar o debate público e justificar medidas do governo. Para tanto, a temática das notícias falsas dialogou com a agenda da CPI, tentando responder aos temas investigados. Para essa análise usamos o conceito de verdade factual em Hannah Arendt e a classificação de fake news feita por Eugênio Bucci.
The work of the Parliamentary Committee of Inquiry (CPI) opened in 2021 by the Brazilian Senate to investigate the government’s conduct of the fight against the pandemic had great repercussion in the press and in society. During this period, a dispute over the public debate agenda was underway. The visible part of this dispute was in the official statements. The other part took place in the underworld of the internet and had as a tool the preparation and dissemination of fake news. In this article, we analyze the fake news broadcast during the Pandemia CPI from the work of checking done by the agencies Lupa and Fato or Fake. We conclude that fake news was used on a large scale and in a systematic way to dispute the public debate and justify government measures. To this end, the issue of fake news dialogued with the CPI agenda, trying to respond to the investigated topics. For this analysis we used the concept of factual truth in Hannah Arendt and the classification of fake news made by Eugênio Bucci.
El trabajo de la Comisión Parlamentaria de Investigación (CPI) abierta en 2021 por el Senado brasileño para investigar la conducta del gobierno en la lucha contra la pandemia tuvo gran repercusión en la prensa y en la sociedad. Durante este período, estaba en marcha una disputa sobre la agenda del debate público. La parte visible de esta disputa estaba en los comunicados oficiales. La otra parte se desarrollaba en los bajos fondos de internet y tenía como herramienta la elaboración y difusión de noticias falsas. En este artículo analizamos las fake news difundidas durante el CPI de Pandemia a partir del trabajo de comprobación realizado por las agencias Lupa y Fato o Fake. Concluimos que las noticias falsas fueron utilizadas a gran escala y de forma sistemática para disputar el debate público y justificar las medidas gubernamentales. Para ello, el tema de las fake news dialogó con la agenda del CPI, tratando de dar respuesta a los temas investigados. Para este análisis utilizamos el concepto de verdad fáctica de Hannah Arendt y la clasificación de noticias falsas hecha por Eugênio Bucci.