Fatores associados à qualidade de vida em crianças e adolescentes com fibrose cística

Revista Brasília Médica

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ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Fatores associados à qualidade de vida em crianças e adolescentes com fibrose cística

Ano: 2023 | Volume: 60 | Número: Especial
Autores: Nelbe Nesi Santana, Célia Regina Moutinho de Miranda Chaves, Christine Pereira Gonçalves, Maurício Antonio da Silva Junior, Vanessa Ribeiro da Silva Valentim, Lavínia Mayara da Silva Reis, Aline Antunes de Cerqueira Pinheiro, Saint Clair dos Santos Gomes Junior
Autor Correspondente: Nelbe Nesi Santana | [email protected]

Palavras-chave: fibrose cística, qualidade de vida

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: A fibrose cística (FC) é uma doença multissistêmica crônica e progressiva, cujo principal acometimento se dá no sistema respiratório, impactando o estado clínico e nutricional. Logo, a capacidade funcional se apresenta reduzida, o que acarreta em redução da qualidade de vida (QV).

OBJETIVO: Verificar a associação entre QV, capacidade funcional e estados clínico e nutricional em crianças e adolescentes com FC.

METODOLOGIA: Estudo transversal incluindo pacientes de oito a 18 anos de idade com FC. A QV, a capacidade funcional, o estado nutricional e o estado clínico foram avaliados por meio do Questionário de Fibrose Cística; do teste de caminhada dos 6 minutos (TC6M) e da força de preensão manual (FPM); dos percentis de estatura para a idade e do índice de massa corporal (IMC) para a idade; e da prova de função respiratória, respectivamente. Para a análise dos dados, utilizaram-se os testes de correlação de Pearson e de Spearman e a regressão logística.

RESULTADOS: Participaram do estudo 45 pacientes com 13,4±0,5 anos, sendo 60% do sexo feminino, 60% colonizados por Pseudomonas aeruginosa e 57,8% apresentando pelo menos uma mutação F508del. Ao avaliar a percepção da QV, o domínio peso alcançou os escores mais baixos e o digestório, os mais altos. Na prova de função pulmonar, o volume expiratório forçado do primeiro segundo médio foi 77,3±3,3%, e o TC6M e a FPM apresentaram valores na faixa de normalidade. Observouse associação da QV com a capacidade funcional, o estado nutricional e o estado clínico dos pacientes com FC.

CONCLUSÃO: Os participantes do estudo apresentaram boas condições clínicas e valores satisfatórios de capacidade funcional e QV. Os achados reforçam que a avaliação da QV pode ser importante para a prática clínica, no manejo do tratamento.