Introdução: A pandemia da covid-19 pode ter intensificado o nível de estresse entre professores universitários, agravando os desafios no ambiente de trabalho. Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores demográficos, de estilo de vida, trabalho e saúde mental associados a altos níveis de estresse entre professores universitários durante a pandemia da covid-19. Método: Estudo observacional, transversal e quantitativo, com 607 professores de instituições públicas de Mato Grosso. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais. Resultados: 51,56% dos professores apresentavam alto nível de estresse no trabalho. No modelo final, permaneceram associadas as variáveis: impacto do trabalho na saúde mental (p<0,001); falta de recursos físicos e materiais (p=0,001); insatisfação no relacionamento com colegas (p=0,022); falta de engajamento profissional (p=0,022); depressão (p<0,001) e; distúrbios do sono (p=0,002). O contrato temporário (p=0,023) foi um fator protetor. Discussão: O alto nível de estresse relatado pode ter impactos prejudiciais à saúde e à qualidade do ensino. Conclusão: Os achados fornecem um diagnóstico situacional que pode subsidiar políticas e estratégias voltadas à promoção do bem-estar no ambiente universitário nacional.
Introducción: La pandemia de COVID-19 pudo haber intensificado los niveles de estrés entre los profesores universitarios, agravando los desafíos en el entorno laboral. Objetivo: Analizar la prevalencia y los factores demográficos, de estilo de vida, laborales y de salud mental asociados a los altos niveles de estrés en profesores universitarios durante la pandemia de COVID-19. Método: Estudio observacional, transversal y cuantitativo, realizado con 607 docentes de instituciones públicas de Mato Grosso. Se llevaron a cabo análisis descriptivos e inferenciales. Resultados: El 51,56% de los docentes presentó niveles elevados de estrés laboral. En el modelo final, las variables que permanecieron significativamente asociadas fueron: impacto del trabajo en la salud mental (p<0,001), falta de recursos físicos y materiales (p=0,001), insatisfacción en las relaciones con los compañeros (p=0,022), falta de compromiso profesional (p=0,022), depresión (p<0,001) y trastornos del sueño (p=0,002). El contrato temporal (p=0,023) se identificó como un factor protector. Discusión: El elevado nivel de estrés reportado puede tener efectos adversos en la salud y en la calidad educativa. Conclusión: Estos hallazgos proporcionan un diagnóstico situacional que puede servir de base para la formulación de políticas y estrategias orientadas a promover el bienestar en el ámbito universitario a nivel nacional.